Presidente da COP30 elogia medidas da China no combate às mudanças climáticas

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André Corrêa Lago, presidente da COP30, colocou a China como exemplo na luta  contra as mudanças climáticas  e pediu que os países ricos assumam suas “responsabilidades históricas”.

O diplomata, que foi escolhido pelo Presidente Lula (PT) para chefiar a COP30 em novembro deste ano, destacou os “avanços extraordinários” da China nas questões ambientais e pediu que os “países desenvolvidos” contribuam com mais recursos financeiros para combater o aquecimento global.

“A China está dando infinitamente mais recursos para o mundo em desenvolvimento. Ao diminuir de maneira maciça o preço do painel solar, ao diminuir o custo dos automóveis elétricos está dando infinitamente mais apoio ao mundo em desenvolvimento do que se estivesse apenas contribuindo com valores simbólicos, que é o que querem os países desenvolvidos”, afirmou Lago em encontro com jornalistas em Brasília.

“O que os países desenvolvidos estão querendo não é aumentar os recursos financeiros, eles querem diminuir a parte deles nas doações de recursos financeiros e isso, naturalmente, é profundamente errado do ponto de vista da Convenção e do Acordo e errado sobre qualquer ponto de vista equilibrado”, criticou o presidente.

Na COP30, o Brasil impulsionará um aumento da ajuda financeira dos países desenvolvidos para apoiar os em desenvolvimento em sua transição energética, um objetivo que não foi cumprido na COP29, no Azerbaijão, em 2024.

“Temos que trabalhar para que os países com responsabilidades históricas tenham um papel maior na parte financeira”, enfatizou o presidente da cúpula ambiental.

Desde a gestão do atual Presidente da República, André Corrêa Lago representou o Brasil em todos os eventos climáticos internacionais.

Ele assumiu a presidência da COP-30 após o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, retirar Washington do Acordo de Paris contra o aquecimento global.

“A maior economia do mundo decidiu se desviar de um caminho de combate à mudança do clima de maneira bastante clara, e a COP se torna ainda mais necessária para conseguir recolocar o tema da mudança do clima nesse contexto adverso”, avaliou Corrêa.

O diplomata admitiu, no entanto, que financiar a transição para energias limpas “será mais difícil” sem a participação dos Estados Unidos.

Fonte: Carta Capital

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