A escolha de Belém como sede da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30), em 2025, representa um momento histórico não apenas para a cidade, mas para toda a região amazônica. O evento, que reunirá líderes mundiais, especialistas em meio ambiente, ativistas e representantes de diversos setores, promete transformar a capital paraense em um epicentro global de discussões sobre sustentabilidade, biodiversidade e mudanças climáticas.
Além disso, a realização do evento deve injetar milhões de reais na economia local, com benefícios diretos e indiretos para diversos setores. Desde o anúncio oficial da cidade sede, em 2024, hotéis, restaurantes, transportes e serviços turísticos já começam a se preparar para receber os participantes. Estimativas do Governo do Estado apontam que os investimentos somam cerca de R$ 4 bilhões, agregando impactos significativos para a economia, infraestrutura e visibilidade internacional.
“A COP 30 é uma oportunidade única para Belém se consolidar como um destino global de turismo sustentável. Além dos ganhos financeiros imediatos, o evento deixará um legado de infraestrutura e capacitação profissional que beneficiará a cidade por anos”, afirma o advogado especialista em direito ambiental, Raimundo Fabrício Paixão.
Infraestrutura urbana
A preparação para receber o evento de proporções globais já está impulsionando investimentos em infraestrutura urbana em Belém. Projetos de mobilidade, como a expansão do transporte público e a revitalização de vias, além da ampliação da rede hoteleira e reforço no saneamento, incluindo o complexo do Ver-o-Peso, um dos principais cartões postais da capital, estão sendo priorizadas.
“A infraestrutura de Belém está passando por uma transformação necessária e a conferência vem acelerando projetos. Essas mudanças vão melhorar a qualidade de vida da população e deixar um legado duradouro”, explica.
Fortalecimento da agenda ambiental
Sediar a COP 30 coloca Belém no mapa mundial como uma cidade comprometida com a preservação da Amazônia e mudanças climáticas. Essa visibilidade internacional deve atrair investimentos, pesquisas e parcerias globais.
“Essa é uma chance de reforçar ao mundo que a Amazônia é fundamental para o equilíbrio climático do planeta. Além disso, o evento fortalecerá a voz das comunidades tradicionais e dos povos indígenas, que são guardiões do conhecimento e da biodiversidade da região”, destaca Raimundo Fabrício.
Outro impacto positivo da Conferência será o estímulo à educação e conscientização ambiental na cidade. Escolas, universidades e organizações da sociedade civil já estão desenvolvendo projetos e atividades relacionadas ao evento, promovendo debates sobre mudanças climáticas, sustentabilidade e a importância da Amazônia para o mundo.