A Conferência Global sobre Clima e Saúde de 2025 será realizada entre os dias 29 e 31 de julho, em Brasília, no Brasil. Organizada pelo Governo do Brasil, em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o evento tem como objetivo promover uma ação climática ambiciosa e equitativa centrada na saúde global, integrando ciência, políticas públicas e compromissos internacionais.
Além de reunir especialistas e lideranças globais, a conferência servirá como encontro presencial anual da ATACH (Aliança para Ação Transformadora em Clima e Saúde), reforçando a articulação internacional em torno do Plano de Ação de Saúde para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP-30). Entre os resultados esperados dos dois dias de trabalho destacam-se: contribuições concretas ao plano, definição de responsabilidades dos países e caminhos estratégicos para tornar a saúde um pilar da resposta climática mundial, rumo à COP-30.
A presidenta do Conselho Nacional de Saúde, Fernanda Magano, irá compor a mesa de abertura, contribuindo com o olhar da participação para a construção de políticas integradas de saúde e clima. “O Brasil está construindo um caminho que une saúde, meio ambiente e justiça social. E o controle social está atento, participando, monitorando e contribuindo para essa construição”, ressaltou.
Você poderá acompanhar a mesa de abertura que contará com a transmissão ao vivo.
Clima e saúde em destaque na Mesa Diretora do CNS
O Ministério da Saúde apresentou o Plano de Ação em Saúde de Belém, uma iniciativa estratégica que visa preparar o Sistema Único de Saúde (SUS) para enfrentar os impactos crescentes das mudanças climáticas sobre a saúde da população brasileira. Com foco em justiça climática, equidade em saúde e participação social, a proposta será debatida rumo à COP30, que ocorrerá no Brasil em 2025.
As informações foram apresentadas Dra. Agnes Soares da Silva, do Departamento de Vigilância em Saúde Ambiental e Saúde do Trabalhador, durante a última reunião da mesa diretora do CNS. Na ocasião, ela destacou as diretrizes do Plano AdaptaSUS, que tem como horizonte a Conferência das Partes da ONU sobre o Clima (COP30).
O plano está fundamentado em três linhas de ação principais: vigilância e monitoramento, estratégias políticas baseadas em evidências e capacitação, e inovação e produção. Além disso, dois eixos transversais guiam toda a proposta: equidade em saúde e justiça climática, e liderança e governança com participação social.
Mudanças climáticas já impactam a saúde no Brasil
De acordo com dados apresentados, 277 doenças podem ser agravadas pelos riscos climáticos, desencadeados por emissões contínuas de gases do efeito estufa, representando 58% das doenças infecciosas conhecidas. Os impactos vão desde o aumento de zoonoses e doenças vetoriais até transtornos de saúde mental, cardiovasculares e materno-infantis. A mudança do clima é hoje um risco concreto à saúde pública e merece atenção.
Texto: Conselho Nacional de Saúde – gov.br