COP 30: Brasil pode liderar descarbonização marítima global

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Com a chegada da COP 30, que será realizada no mês de novembro em Belém, o Brasil se posiciona como uma peça-chave na luta global contra as mudanças climáticas. Um dos principais temas debatidos durante a conferência será a necessidade urgente de reduzir as emissões de gases de efeito estufa, com foco especial no setor marítimo, um dos maiores responsáveis pela poluição mundial.

A categoria é responsável por cerca de 3% das emissões globais de dióxido de carbono (CO₂), o que equivale a aproximadamente 1,2 gigatoneladas de CO₂ a cada ano. Essa contribuição significativa para a crise climática levou a Organização Marítima Internacional (OMI) a estabelecer metas de zerar as emissões líquidas até 2050. Para alcançar esse objetivo, a organização considera fundamental a adoção de combustíveis limpos e tecnologias mais sustentáveis, o que abre um grande espaço para soluções inovadoras.

Neste cenário, o Brasil surge como um protagonista potencial. O país possui grandes capacidades na produção de biocombustíveis, especialmente biodiesel, que pode desempenhar um papel crucial na redução das emissões do setor marítimo. De acordo com um estudo do Boston Consulting Group, apresentado no Brazil Climate Summit em Nova York, a produção de biocombustíveis no país tem o potencial de atender até 15% da demanda global de energia do setor marítimo, um mercado que está em plena expansão.

O biodiesel produzido no Brasil é derivado principalmente da soja e oferece uma alternativa mais sustentável ao diesel convencional. O biocombustível é capaz de reduzir as emissões de CO₂ em até 48% por megajoule de energia, em comparação com o diesel fóssil. Esse benefício ambiental pode ser decisivo na transição para um transporte marítimo mais verde e eficiente, com impactos positivos tanto para o clima quanto para a saúde pública global.

Além disso, a política brasileira de incentivo ao uso de biodiesel também tem se mostrado um fator importante para a consolidação dessa liderança. O país tem estabelecido metas progressivas de mistura de biodiesel ao diesel convencional, com a expectativa de atingir 15% de biodiesel até o final de 2025, aumentando 1% por ano até chegar a 20% em 2030. Esse compromisso com o aumento gradual da proporção de biocombustíveis no mercado interno pode impulsionar ainda mais a produção e o uso de biodiesel nas indústrias nacionais e internacionais.

Texto: Júlia Marques com informações do portal Olhar Digital.

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