Belém recebe encontro aberto sobre Justiça Climática e Justiça Social em preparação para a COP 30

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No dia 9 de outubro de 2025, Belém será palco do encontro aberto “Justiça Climática é Justiça Social: descolonizando a agenda climática”, iniciativa que busca reunir entidades da sociedade civil, acadêmicos e defensoras e defensores públicos em um espaço de escuta e diálogo sobre os desafios da justiça climática e social na Amazônia. O evento acontece das 14h às 18h, no Auditório da FACI Wyden (Tv. dos Tupinambás, 461 – Batista Campos).

A atividade é organizada pela Associação das Mulheres Defensoras Públicas do Brasil (AMDEFA), pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos (ANADEP), pela Associação Nacional das Defensoras e Defensores Públicos Federais (ANADEF) e pela Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Pará (ADPEP), com o apoio da FACI Wyden. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas gratuitamente.

O encontro se propõe a ser um espaço interativo e democrático, no qual representantes de diferentes setores poderão compartilhar experiências, percepções e propostas em torno da agenda climática e de justiça social, considerando os impactos da crise ambiental no cotidiano das populações amazônidas. A perspectiva é de que o diálogo contribua para a construção de uma pauta coletiva em preparação para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP 30, que ocorrerá em novembro, na cidade de Belém, em 2025.

Para Jeniffer Rodrigues, presidenta da AMDEFA, descolonizar a agenda climática significa colocar a Amazônia no centro das decisões, valorizando saberes tradicionais e construindo políticas enraizadas no território, em vez de impor soluções externas que não dialogam com a realidade local. Ela destaca que a escuta da sociedade é fundamental para que a COP 30 reflita demandas concretas – como acesso à água, saúde, saneamento e moradia – e consolide uma agenda de justiça climática que inclua equidade social, gênero e direitos humanos.

Segundo Jeniffer, as mulheres exercem um papel central nesse processo, sobretudo negras, indígenas e ribeirinhas, que atuam na linha de frente da crise climática, desenvolvendo soluções comunitárias e trazendo a perspectiva do cuidado como política pública, garantindo que o debate seja não apenas técnico, mas também humano e socialmente justo.

Para o presidente da ADPEP, Bruno Braga, a iniciativa reforça o compromisso da Defensoria Pública com a defesa dos direitos humanos e ambientais:

“A Amazônia é protagonista nesse debate. Realizar um encontro como este em Belém é fundamental para garantir que as vozes da região, sobretudo das populações mais vulneráveis, estejam no centro da construção da agenda da COP 30. O Seminário Pré-COP busca assegurar que essas comunidades tenham seu direito de voz respeitado e que as decisões internacionais sejam pautadas pela realidade local, em toda a sua diversidade.”

Ele acrescenta que o impacto do encontro deve ir além da conferência: “A expectativa é que esse processo de construção coletiva aproxime ainda mais entidades e sociedade civil, fortalecendo a diversidade amazônica e promovendo um desenvolvimento justo, inclusivo e sustentável.”

Cada expositor convidado terá 15 minutos de fala para apresentar sua trajetória, destacar o papel da entidade ou grupo que representa e expor suas análises e expectativas em relação à realização da COP 30. A programação prevê ainda momentos de interação direta com o público presente.

A realização do encontro em Belém, coração da Amazônia, reforça a relevância global da região no debate climático. O território, que concentra a maior floresta tropical do planeta, vive diariamente os impactos da degradação ambiental e das desigualdades sociais, o que torna ainda mais urgente a integração entre justiça climática e justiça social.

Nesse contexto, a participação ativa da sociedade civil é considerada essencial. Ao reunir vozes diversas – de comunidades tradicionais a especialistas acadêmicos –, o encontro busca fortalecer a representatividade da Amazônia no cenário internacional e garantir que as discussões da COP 30 sejam orientadas por perspectivas locais, plurais e inclusivas.

Com foco na escuta e na diversidade de vozes, a proposta do encontro é reafirmar que justiça climática e justiça social são dimensões inseparáveis. A expectativa é que o evento contribua para fortalecer a participação social na preparação da COP 30, reforçando a necessidade de uma agenda verdadeiramente descolonizada, plural e inclusiva.

Serviço

Evento: Justiça Climática é Justiça Social – Descolonizando a agenda climática
Data: 9 de outubro de 2025
Horário: 14h às 18h
Local: Auditório da FACI Wyden (Tv. dos Tupinambás, 461 – Batista Campos, Belém/PA)
Inscrições: https://doity.com.br/justica-climatica-e-justica-social
Assessoria de imprensa: Andreza Alves – (91) 99240-5158

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