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Carol Menezes | Diário do Pará: Com a pauta ambiental em evidência, um dos temas mais abordados que concernem a esse cenário é o do mercado de crédito de carbono, que tem gerado interesse internacional e virado os olhos do mundo para a Amazônia. Mas afinal, do que trata este mercado e como é feita esta comercialização?

O crédito de carbono é um mecanismo monetário que representa a redução de uma tonelada métrica de dióxido de carbono equivalente (CO2e) ou sua remoção da atmosfera.

Os créditos e compensações de carbono são obtidos por meio de diversas iniciativas e projetos que tentam reduzir as emissões. Elas podem envolver a produção de energia renovável, melhorias na eficiência energética, reflorestamento e captura de metano em aterros sanitários, por exemplo.

Cada iniciativa é avaliada rigorosamente para garantir a sua legitimidade e a precisão das reduções de emissões.

A negociação de créditos de carbono é um processo estruturado que ocorre principalmente em mercados regulamentados desse segmento. Basicamente, os mercados de carbono são onde os créditos e compensações de carbono são comprados e vendidos.

Em resumo, é uma plataforma para indivíduos, empresas e governos adquirirem créditos ou compensações para suas próprias emissões. Além disso, promove investimentos em projetos sustentáveis que gerem créditos de carbono.

Saiba mais

Como em toda tramitação comercial, o mercado de crédito de carbono apresenta vantagens e desvantagens. Dentre os pontos positivos, é uma ferramenta benéfica no contexto das alterações climáticas e da procura da redução das emissões de gases de efeito estufa. Confira:

Incentivo à redução de emissões: o crédito de carbono incentiva empresas e organizações a reduzirem as suas emissões de gases de efeito estufa. Ao receberem créditos para reduzir as suas emissões, as empresas são incentivadas a adotar práticas mais ecológicas;

Promoção de tecnologias limpas: o sistema de créditos de carbono promove a adoção de tecnologias mais ecológicas e mais eficientes. As empresas que dedicam fundos a tecnologias de baixas emissões podem criar créditos comercializáveis, que podem ser trocados por outras inovações;

Estímulo ao investimento em projetos sustentáveis: os créditos de carbono podem facilitar o investimento em projetos ecológicos, tais como energias renováveis, reflorestamento e eficiência de energia. Isto facilita a transição para uma economia mais “amiga” do meio ambiente;

Flexibilidade para cumprimento de metas: o sistema de créditos de carbono dá às empresas opções sobre como podem reduzir as suas emissões conforme as suas metas. Elas têm a opção de participar em reduções internas ou adquirir créditos, permitindo uma abordagem mais versátil.

Certificação

O objetivo final do mercado de crédito de carbono é reduzir a quantidade de carbono emitida na atmosfera. Cada certificação de crédito de carbono dá ao proprietário o direito de emitir uma tonelada de dióxido de carbono ou outros gases de efeito estufa.

Um crédito de compensação de carbono só é certificado ao passar pelos processos ou procedimentos especificados definidos pela norma de certificação. Isto é o que diferencia um crédito de carbono real e de alta qualidade.

Para isso, os créditos de carbono são gerados por meio de projetos que seguem metodologias estabelecidas e passam por verificação por entidades parceiras credenciadas. A verificação garante que as estatísticas de emissões sejam reais e verificáveis.

Os créditos de carbono são verificados por organizações terceirizadas independentes especializadas em contabilização e verificação de gases de efeito estufa. Exemplos de padrões de verificação líderes incluem o Verified Carbon Standard (VCS), Gold Standard e American Carbon Registry (ACR).

Com inúmeras empresas comprometidas em alcançar emissões líquidas zero (também conhecidas como Net-Zero), e divulgar as suas emissões de carbono, a responsabilidade ambiental é um tema popular no mercado financeiro. Assim, diversas empresas visam investir na redução de emissões e o valor do crédito de carbono passou a ter mais relevância.

Em última análise, a comercialização do crédito de carbono é facilitada por acordos como o Protocolo de Kyoto, que não só promove a redução de emissões, mas também cria benefícios econômicos para aqueles que buscam estar comprometidos com a sustentabilidade.

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