Fapespa divulga estudos sobre o Pará realizados em 2024

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O ano de 2024 para a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa) representa um ano de muito trabalho. A instituição, que produz dezenas de levantamentos ao longo dos meses e, nesta quinta-feira, 19, parte desses produtos foram apresentados à sociedade.

As diretorias da instituição divulgaram quatro estudos: “Barômetro da sustentabilidade”, “Pará no contexto nacional 2024”, “Projeto de automação de processos e modernização do Produto estatística municipal” e a nota técnica “O contexto da Economia Criativa Paraense 2024”. Todos os produtos reúnem uma ampla gama de aspectos do território paraense. Os dados podem ser acessados no site da Fapespa e utilizados na tomada de decisões governamentais.

“A Fapespa, além de fomentar a pesquisa, produz pesquisas. Temos como missão disseminar e democratizar o conhecimento produzido sobre economia, sociedade e meio ambiente do estado. Portanto, a fundação presenteia a sociedade paraense, por meio do Governo do Pará, com estudos que funcionarão como uma bússola para a tomada de decisões em políticas públicas e também para os investimentos privados. O Pará é um estado com diversas potencialidades em diferentes regiões e em diferentes municípios”, comenta Marcio Ponte, diretor de estudos e pesquisas socioeconômicas e análise conjuntural da Fapespa.

Um dos estudos é inédito e faz um levantamento estatístico sobre a economia criativa paraense. Marcio Ponte demonstrou que os investimentos estaduais movimentaram R$ 1,2 bilhão na área criativa e o impacto desse crescimento proporcionou a geração de 14 mil empregos indiretos. “Nós reunimos dados muito interessantes, principalmente quanto aos últimos três anos. É um mercado que cresceu de forma gigantesca e impactou diretamente na abertura de empresas, na geração de emprego e renda, e no surgimento de microempreendedores individuais também. Isso demonstra o vigor da economia criativa do Pará e que esse é um campo que deve vivenciar um processo ainda mais acelerado de crescimento em um cenário onde Belém será sede da COP 30, uma vez que a economia criativa está ligada diretamente à cultura e ao turismo”, explicou Ponte.

Ao final da apresentação, os participantes assistiram um vídeo dos bastidores de outro estudo da Fapespa: “o Perfil Econômico Vocacional dos Municípios (PEV)”, que indica qual o maior potencial econômico de cada município do estado e de cada uma das 12 regiões de integração. A iniciativa visual mostra os caminhos complexos do ato de planejar até a concretização de um estudo tão detalhado quanto a PEV.

Já a diretora de Pesquisas e Estudos Ambientais (DIPEA) apresentou um estudo que reúne indicadores sociais e ambientais nos municípios paraenses. Os dados estão reunidos em um sistema que permite visualizar indicadores por região ou município, gerando gráficos capazes de indicar quais são os mais ou menos sustentáveis de acordo com cada temática.

O estudo do atlas da sustentabilidade gerou ainda outro produto, dessa vez focado nas ilhas do entorno de Belém. São informações inéditas que trazem elementos individualizados dessas regiões. “Se cada município possui características específicas, por que não considerar essas especificidades também nas ilhas?”, questionou Elias da Silva, bolsista responsável por idealizar a pesquisa, ao defender a importância do levantamento. Três ilhas já foram mapeadas: Cotijuba, Mosqueiro e Caratateua (Outeiro). Os gráficos apresentados consideram características de solo, fluviais, densidade populacional, dentre outras.

“O município de Belém possui 42 ilhas, mas o projeto vai além. Vamos desenvolver boletins de sustentabilidade também nas ilhas do entorno de Belém, que fazem parte do município de Barcarena. Com esses esforços, pretendemos influenciar gestores públicos na tomada de decisões, que levem em consideração as particularidades de cada ilha que nos rodeia”, conclui o pesquisador.

Esses e outros estudos podem ser acessados na aba “publicações” do site da Fapespa.

Texto: Manuela Oliveira / Fapespa – Agência Pará

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