O fenômeno El Niño tem deixado diversos municípios do Amazonas (AM) em estado de emergência nesse segundo semestre. As previsões feitas pela Administração Oceânica e Atmosférica Americana (NOAA), em março desse ano, alertavam que o El Niño iria impactar com temporadas de seca, altas temperaturas e riscos de incêndios florestais.
Conteúdos relacionados:
- Número de pessoas atingidas por desastres ligados a chuvas em 2022 é o maior em dez anos
- Terras indígenas possuem temperatura média anual até 5 °C menor, diz estudo
- Agenda do clima: eventos sobre mudanças climáticas antecedem a COP 28
Com a chegada do segundo semestre de 2023, os efeitos do fenômeno El Niño deixaram 12 municípios amazonenses em situação de emergência hídrica, segundo a Defesa Civil do Estado. Isso significa que 100 mil pessoas estão sendo vítimas da estiagem.
A seca intensa impactada pelo El Niño também atingiu 355 estudantes de colégios públicos do estado do Amazonas; aumentou para 50% o custo do transporte de insumos e distribuição de produtos do Polo Industrial de Manaus; e já sinaliza ser a segunda pior seca na região do Alto Solimões nos últimos dez anos.
O Governo do Amazonas adotou ações de emergência na tentativa de remediar a situação.
Veja abaixo os municípios do Amazonas que estão sofrendo com a estiagem impactada pelo fenômeno do El Niño:
- Benjamin Constant
- Amaturá
- São Paulo de Olivença
- Santo Antônio do Içá
- Ipixuna
- Envira
- Itamarati
- Eirunepé
- Coari
- Tefé
- Jutaí
- Uarini
O que é o El Niño?
O El Niño representa as alterações na distribuição de temperatura das águas do Oceano Pacífico e ocorre a cada cinco ou sete anos, tendo uma duração de quase um ano e meio. Por conta do aquecimento anormal das águas, o clima é alterado em todo o mundo, com o registro de secas em determinadas regiões, chuvas intensas ou tempos extremamente quentes e secos.
Por Fernanda Palheta com informações de Assessoria
 em situação de emergência em virtude de uma grave crise hídrica na região){kind=link}