Gigante de cosméticos anuncia novo centro de pesquisa de bioativos na Amazônia até a COP30

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Ronald Sales – São Paulo (SP) Durante o evento em celebração ao ano das marcas Natura e Avon, o CEO da Natura, João Paulo Ferreira, reafirmou o compromisso da empresa com a sustentabilidade e revelou uma nova abordagem estratégica para o próximo ano: a regeneração ambiental.

“A sustentabilidade faz parte do nosso DNA, mas acreditamos que chegou o momento de ir além. Precisamos não apenas reduzir impactos negativos, mas também promover a regeneração ambiental e social”, declarou Ferreira.

O executivo destacou a necessidade de atualizar as metas estabelecidas na “Missão 2050” – plano de descarbonização e sustentabilidade da companhia divulgado há uma década. Ele apontou que tanto o contexto global quanto a própria empresa evoluíram, e que agora é possível alcançar objetivos mais ambiciosos.

Essa visão foi levada pela Natura à COP29, realizada recentemente no Azerbaijão, e será fortalecida na COP30, que ocorrerá em Belém no próximo ano. Para este evento, a marca planeja uma série de ações destinadas a estimular o debate público e ampliar a visibilidade de suas iniciativas ESG (ambientais, sociais e de governança). “Nos próximos meses, vamos apresentar novos compromissos e avanços importantes”, afirmou Ferreira.

Entre as novidades, ele revelou que a Natura está construindo um centro de inovação e pesquisa de bioativos na Amazônia, previsto para ser inaugurado até a COP30. Segundo o CEO, o local será um polo de desenvolvimento voltado para a biodiversidade, reforçando o potencial do Brasil em liderar a transição climática, a economia de baixo carbono e a bioeconomia.

A Natura também está em diálogo com outras empresas para integrarem o EcoParque, seu centro de pesquisa sustentável em Benevides, no Pará. Criado há 10 anos, o espaço opera com um modelo de produção integrada, onde os resíduos de uma empresa podem ser reaproveitados como insumos por outra, promovendo uma cadeia produtiva circular.

“A sustentabilidade, por si só, não basta. Sustentar o mundo como está não resolve os desafios que enfrentamos. Precisamos restaurar, inovar e regenerar”, afirmou Ferreira.

Ele enfatizou que a regeneração não se limita ao meio ambiente, mas também abrange o fortalecimento do tecido social e das relações humanas.

Um exemplo destacado foi a agrofloresta de palma da empresa, que já ocupa mais de 200 hectares e é utilizada para a produção de óleo de palma em áreas antes degradadas. Além de fornecer matéria-prima para produtos da marca, como sabonetes e xampus, esse modelo contribui para a captura de carbono e a recuperação da biodiversidade local.

A iniciativa faz parte do projeto SAF Dendê, que pretende estabelecer parcerias com agricultores e pecuaristas para transformar terras degradadas em sistemas agroflorestais diversificados. Até 2035, a meta é implantar 45 mil hectares no Pará, atendendo à demanda da empresa por óleo de palma de maneira sustentável.

Por fim, Ferreira anunciou a antecipação da meta de alcançar o status de net zero, eliminando emissões líquidas de gases de efeito estufa nos escopos 1 e 2 até 2030. Ele destacou que, desde 2007, a Natura trabalha na compensação de carbono por meio da geração de créditos, sendo pioneira no setor industrial com um programa de integridade para essa finalidade.

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