Diário do Pará e Folhapress – O Governo do Pará reforçou apoio, compromisso e parceria para a realização da COP 30 em Belém, após o Governo Federal nomear o embaixador André Corrêa do Lago como presidente da COP 30, que ocorrerá entre os dias 10 e 21 de novembro.
“Felicito o presidente da República pela escolha do embaixador André Corrêa do Lago para a função de presidente da COP 30. Exímio e experiente negociador, saberá imprimir ainda mais brilho ao simbolismo da escolha de Belém como cidade-sede na Conferência das Partes sobre Mudanças do Clima na Amazônia. Conte com meu apoio pessoal, e o do Governo do Pará, para o êxito da COP”, disse o governador do Pará, Helder Barbalho, após o anúncio, na terça-feira (21), feito pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A vice-governadora do Pará e presidente do Comitê Estadual para a COP 30, Hana Ghassan, também se pronunciou sobre a escolha. “Como presidente estadual do Comitê da nossa ‘COP da Floresta’, me entusiasma poder contar com a sua liderança à frente desse grande evento. Juntos trabalharemos incansavelmente para fazer desta a melhor COP de todos os tempos! Vamos unir forças para promover ações efetivas em prol do nosso planeta”, ressaltou.
Compromisso
A designação do embaixador André Corrêa do Lago para presidir a COP 30 reflete o compromisso do Brasil com a agenda global de desenvolvimento sustentável e reforça a liderança do País nas negociações climáticas internacionais. O anúncio do presidente do evento marca também um passo importante na preparação do encontro.
“Exímio e experiente negociador, [André Corrêa do Lago] saberá imprimir ainda mais brilho ao simbolismo da escolha de Belém como cidade-sede na Conferência das Partes sobre Mudanças do Clima na Amazônia. Conte com meu apoio pessoal, e o do Governo do Pará”. Helder Barbalho, Governador do Pará
André Corrêa do Lago intermediará negociações entre os Estados partes na Convenção do Clima das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC – sigla em inglês), a fim de promover consensos e firmar compromissos ambiciosos. Embora indicado pelo país-sede, o presidente deve conduzir a conferência segundo regras preestabelecidas. Seu trabalho de escuta e articulação começa vários meses antes da COP.
Embora a presidência formal da COP permaneça sob a responsabilidade do Azerbaijão (que sediou a COP 29) até a abertura oficial da 30ª Conferência, caberá desde já ao Brasil, como presidência designada, liderar os esforços para o êxito das negociações, promovendo o diálogo entre países e demais partes interessadas. “A conferência, como muita gente já sabe, é a mais importante das Nações Unidas no ano. Reúne uma enorme quantidade de pessoas, 196 países, e acontece há 30 anos. Ela é o resultado das negociações que aconteceram no Rio de Janeiro em 1992, na Cúpula do Clima que foi a ‘Rio 92’. Há uma expectativa muito grande de que o Brasil, que tem uma tradicional liderança na área de mudanças do clima e meio ambiente, possa liderar esse grande grupo de países e, realmente, encontrar respostas para muitas perguntas que o mundo está fazendo sobre como vamos combater as mudanças do clima”, informou André Corrêa do Lago.
Secretário-geral da ONU declara apoio ao Brasil
O secretário-geral da ONU (Organização das Nações Unidas), António Guterres, minimizou o impacto da saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris, anunciada pelo presidente Donald Trump tão logo tomou posse na última segunda (20), e disse que a economia americana já demonstra uma adesão à agenda climática.
“É bom não esquecer que hoje a ciência está do lado das economias verdes e que as energias renováveis são muito mais baratas que as produzidas por combustíveis fósseis”, declarou Guterres à Folha e à Globonews durante o encontro anual do Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça.
Guterres também declarou apoio ao Brasil e disse que à ONU se empenhará pelo sucesso da COP30, conferência do clima que será realizada em Belém em novembro.
“Declaro apoio ao presidente Lula e ao Brasil, as Nações Unidas estão completamente empenhadas para ajudar a garantir o sucesso da COP30, que é essencial neste momento em que alguma descrença existe em relação à ação climática”, afirmou.
“É fundamental reafirmarmos nosso objetivo de garantir que as temperaturas não subam mais que 1,5°C em relação à época pré-industrial.”
O secretário-geral da ONU discursou mais cedo na plenária em Davos, onde a neve que normalmente cobre as ruas do balneário alpino nesta época do ano mal apareceu nesta edição.
