Even Oliveira/ Diário do Pará – O Pará vive um momento de intensa transformação. Muitos dos investimentos que estão sendo realizados no Estado estão relacionados às obras de infraestrutura para a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 30). Durante entrevista concedida na manhã de ontem (27) à rádio 99 FM, em conversa com o apresentador Tonynho Santos, a vice-governadora do Estado, Hana Ghassan, destacou que a realização da conferência acelerou a chegada de recursos.
Ela explica que as mudanças não estão restritas apenas às obras de infraestrutura urbana, mas também avançam na área da saúde, com investimentos robustos em hospitais, policlínicas e serviços especializados. “A COP já começou para nós. Tudo que está acontecendo de bom no nosso Estado também é decorrente da COP”, afirmou. O evento internacional tem impulsionado avanços em várias áreas, como saúde, educação, geração de empregos e inclusão social, com projetos que vão deixar um legado permanente para a população paraense.
“O setor de serviços, embalado também oriundos da COP, no Estado do Pará houve um aumento de 68% no número de novas empresas instaladas”, comentou Hana. O impacto desses investimentos já é percebido diretamente pela população, especialmente na geração de empregos e na execução de obras de infraestrutura. “Temos a geração de mais de 5 mil empregos, aumento da renda, e é muito importante falar que são obras que estão trazendo legado, ou seja, vão durar, vão ficar para nossa população, mesmo depois da COP”.
Ela lembra as três primeiras obras entregues, todas relacionadas a macro drenagem. “Não são obras temporárias, são duradouras, que gerações futuras vão continuar colhendo os frutos”, complementa. Investir em saneamento é o principal foco da gestão. “Nós estamos fazendo macrodrenagem, tratamento de água, esgoto, junto a pavimentação asfáltica também”.
Entre as obras entregues, como as dos canais da avenida Gentil Bittencourt, o da travessa Timbó, e da avenida Cipriano Santos, “a gente tem que estar muito conectado com o dia a dia da população”, frisa Ghassan sobre ter “que fazer obras que sejam importantes para poder melhorar a vida do pai, da mãe, dos filhos, que agora podem sair para ir para os seus trabalhos sem se preocupar se vão pisar na lama, se está alagado e que às vezes perdem até os seus bens”.
Governo vem investindo na descentralização da saúde
Entre as ações de maior destaque, os investimentos na saúde pública, especialmente na descentralização dos atendimentos especializados. “O governo do Estado tem feito parceria com os municípios para ajudar na reforma e ampliação de hospitais municipais, que são tão importantes para aquele primeiro atendimento”, comentou.
A estratégia é garantir que a população não precise se deslocar para grandes centros para acessar serviços médicos. “Investir em atendimentos especializados através das policlínicas. São até 35 especialidades para aquela localidade, para que a pessoa da região não tenha que vir para Belém para poder ter aquele exame mais especializado”.
Um dos maiores símbolos desse avanço na saúde é o Hospital Público da Mulher do Pará, entregue recentemente. “Aqui, nós construímos o primeiro hospital público voltado só para atender as nossas mulheres, que é um sucesso. O Hospital da Mulher é o mais moderno hospital do Brasil. São 11 andares com todos os equipamentos que tem de mais moderno”.
O hospital também oferece um acolhimento diferenciado, inclusive em situações de violência contra a mulher. “Dentro do Hospital da Mulher, mesmo aquela mulher que não tenha sofrido ainda a violência doméstica, mas ela perceba que ela está em risco, tem uma delegacia virtual, em uma sala reservada, uma sala para total privacidade. Ela corre para o hospital da mulher, que ela vai ter o atendimento integrado lá”.
CETEA
Ainda na área da saúde, Hana destacou a criação de Centros Especializados em Transtorno do Espectro Autista, o Cetea. “Nós criamos um centro especializado no tratamento que, além de atender a população com espectro autista, também faz a capacitação da mão de obra; porque muitas vezes no interior não tem profissionais que são especializados, é um atendimento diferenciado”.