Luiz Flávio/ Diário do Pará – Com o objetivo de capacitar e impulsionar a carreira de mulheres empreendedoras, prioritariamente negras e indígenas, para atuarem no atendimento de turistas na COP 30, a Cielo e a Education First (EF), com cooperação do Governo do Estado do Pará, por meio da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), realizam o “Impulsiona Cielo – Amazônia”.
O programa oferece cursos gratuitos de inglês, qualificação em gestão financeira, empreendedorismo e habilidades digitais para fortalecer pequenos negócios e atender da melhor maneira possível os mais de 50 mil turistas esperados para o evento. Os interessados podem se inscrever pelo site do Capacita COP30 (https://www.capacitacop30.pa.gov.br/).
O programa tem como público-alvo, prioritariamente, mulheres (cis e trans), negras e indígenas. É necessário ter renda mensal de um a dois salários mínimos, ter CADÚnico, ser empreendedor, microempreendedor e/ou trabalhador da Grande Belém ou outras zonas turísticas do Pará e atuar nos setores de turismo e comércio em atendimento direto com os clientes. O objetivo é fortalecer, formar e capacitar 3 mil mulheres empreendedoras formais e informais e/ou comerciárias e negócios da região liderados por elas. A ideia é impulsionar os negócios dos setores de Turismo, Hotelaria e Serviços, com capacitação em habilidades relevantes para o comércio da região, além de proporcionar o desenvolvimento pessoal.
Dividido em duas frentes de capacitação, o projeto visa aprimorar as habilidades das participantes em aspectos práticos para seus empreendimentos. Para isso, a EF oferece curso de língua inglesa e a Cielo formação em educação financeira, empreendedora e digital, diversidade, equidade e inclusão nas relações comerciais e sustentabilidade aplicada aos negócios. O programa também está dividido em dois grupos de aprendizagem, que serão distribuídos ao longo das etapas de desenvolvimento do ensino. O curso terá duração de 12 meses.
BAIXA FLUÊNCIA
Dados da EF mostram que o Brasil tem baixa fluência em inglês, ocupando a 81ª colocação no Índice de Proficiência, levantamento que avaliou 116 países em 2024.
“Aprender a falar um novo idioma, principalmente o inglês, significa encontrar sua voz e conseguir trocar informações e experiências com pessoas de todo o mundo. Essa é uma habilidade fundamental nos dias atuais, principalmente, com pessoas que trabalham no setor de turismo. Com essa iniciativa, estamos fomentando esse aprendizado e contribuindo para melhoria de renda e mobilidade social das mulheres paraenses”, afirma Tarsiane Diniz, diretora regional de Transformação Social e Comunicação da EF.
O secretário da Sectet, Victor Dias, destaca o impacto social da iniciativa. “Capacitar mulheres e empreendedoras é preparar o Pará para um desenvolvimento mais justo e inclusivo. Estamos olhando para a COP30 com responsabilidade, mas, principalmente, com compromisso social. Essas mulheres serão protagonistas da economia local antes, durante e depois do evento”.