Museu das Amazônias será um legado da COP 30 para a cultura

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O Museu das Amazônias (MAZ), lançado em julho deste ano, é um novo espaço cultural que será inaugurado no ano que vem, na capital paraense. Ele será instalado no Armazém 4 do Porto Futuro II, que está em construção. Trata-se de uma parceria com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, que valoriza a herança histórica e cultura regional, em meio aos debates da Conferência das Partes da ONU para o Clima, que ocorrerá em novembro de 2025.

O museu faz parte das cerca de 30 obras estruturantes no âmbito estadual para a COP-30 e será entregue antes da realização do evento. A proposta é valorizar o povo, a história e cultura do norte do Brasil e dos oito países vizinhos que possuem parte da floresta amazônica em seu território. Ele estará inserido no complexo do Porto Futuro II, na área da orla subsequente à Estação das Docas. O local será ligado às atividades econômicas relacionadas ao turismo, cultura, lazer e gastronomia.

De acordo com o que já declarou o governador do Estado, Helder Barbalho, durante o lançamento do projeto, a construção permitirá aos paraenses terem um legado. “Isso fará com que a cidade continue vivendo esse momento especial [da COP] em que o Estado se consolida no protagonismo da agenda ambiental, atraindo oportunidades diversas para a sua economia e fazendo com que nós, paraenses, possamos ter a compreensão do patrimônio e do tesouro que nós temos”, disse o gestor, em entrevista à Agência Pará.

A criação do museu é uma parceria do Governo do Estado com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), Banco de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e Instituto Cultural Vale. As obras contam com recursos do Tesouro do Estado, de Itaipu Binacional e financiamento do BNDES.

A implementação do museu será feita pelo IDG – Instituto de Desenvolvimento e Gestão, organização privada, sem fins lucrativos, especializada na gestão de centros culturais públicos e programas ambientais. Entre outros espaços, é responsável pelo Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro.

O projeto será implementado em parceria com o Museu Emílio Goeldi. A instituição paraense será responsável por coordenar um cronograma de escutas que envolve a participação das comunidades acadêmicas e científicas da Pan-Amazônia, com a colaboração da sociedade civil e representantes das comunidades tradicionais e indígenas.

“O museu vai fomentar a preservação da sabedoria e culturas dos povos amazônicos que habitam a região há tantos anos, além de ser uma oportunidade de chamar a atenção para a importância da preservação do bioma amazônico, um agente tão importante na mitigação dos efeitos das mudanças climáticas”, explica Ricardo Piquet, que é diretor-geral do IDG.

HISTÓRIA

Projetada em uma área de 1.900 metros quadrados, a exposição de longa duração do MAZ irá retratar o passado, o presente e as possibilidades de futuros com a floresta, a partir de experiências sensoriais e imersivas que conciliam o analógico e o digital. Com isso, promoverão a interação do público com o conteúdo exposto. “O Museu das Amazônias é concebido para ser um espaço de inovação e divulgação das ciências e tecnologias. Além de um dos principais legados da COP-30, será um ponto de encontro para as vozes de diversas regiões e ecossistemas, nacionais e internacionais, que compõem a Amazônia. Tudo isso em harmonia com os saberes tradicionais e comprometido com a sustentabilidade”, afirma Ricardo Piquet.

O gestor informa que o IDG, tanto pela experiência com a gestão por 10 anos do Museu do Amanhã, quanto do Museu do Jardim Botânico e outros projetos ambientais, vai conectar o Museu das Amazônias com outros museus dedicados a causas ambientais e do clima.

“Há 23 anos, o IDG atua na gestão e desenvolvimento de projetos ambientais e culturais, sempre orientado pelas melhores práticas de Governança Corporativa Internacional. Implementou e faz a gestão do Museu do Amanhã, Museu do Jardim Botânico, e Fundo da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro; Museu das Favelas e CultSP PRO, em São Paulo; e Paço do Frevo, no Recife”, enumera.

Segundo Ricardo Piquet, o IDG também foi responsável pela implantação do Memorial às Vítimas do Holocauto, revitalização do Sítio Arqueológico Cais do Valongo, ambos no Rio de Janeiro; e pelo desenvolvimento, implantação e gestão dos Parques Urbanos Santana e Macaxeira, no Recife, fomentando a conservação de áreas verdes no município. Ainda na capital pernambucana, implantou o museu Cais do Sertão, que reverencia o povo do Sertão e as obras do mestre Luiz Gonzaga.

Texto de Wal Sarges/Diário do Pará

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