ONG destaca a necessidade de inserir os Rios Urbanos e Saneamento na agenda de adaptação climática

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Tendo os rios urbanos e a universalização do saneamento como pautas prioritárias, a Mandí, uma organização com 7 anos de experiência no território amazônico, está se preparando para participação na COP 28, com vistas já no legado da COP 30.

Desde que começou a circular a notícia de que Belém pode ser a sede da COP 30 em 2025, as discussões sobre mudanças climáticas e Amazônia têm se intensificado, quase concomitantemente com os efeitos severos dessa crise na região. Por conta desse novo cenário, percebeu-se um aumento significativo na criação de novos projetos de infraestrutura, investimentos e expectativas na cidade. No entanto, a Mandí questiona se esses investimentos estão considerando o impacto de melhorias para o território e sua população, em especial a periférica.

Para além dessa questão, a Mandí, que está participando pela segunda vez consecutiva da Conferência do Clima, tem observado a ausência de temas cruciais para o debate climático, e acredita na importância de se ter uma perspectiva amazônica nesses espaços decisórios.

Uma das lacunas identificadas é a pouca visibilidade para a questão das águas e do saneamento básico enquanto elementos-chave para pensarmos em adaptação climática da população no território. Conforme destaca Mariana Guimarães, diretora presidente da organização, “ a população urbana da Amazônia corresponde a 75% das pessoas que moram no território. E não é possível falar da nossa região sem considerar as cidades, os rios urbanos e como a falta de saneamento está conectada não só a doenças, mas à renda da população e as possibilidades de serem resilientes aos efeitos da crise climática. Dar destaque ao saneamento é apontar um caminho para combater a desigualdade e a pobreza no Brasil e no Sul Global, além de construir cidades mais resilientes ao clima.”

Além disso, a organização está estabelecendo parcerias com outras organizações da Amazônia para ampliar e fortalecer a participação da sociedade civil na delegação brasileira na COP 28. Uma vez que existe a possibilidade de uma COP na região, a Mandí alerta para a necessidade de construção das pautas que serão adotadas na COP 30 durante a Conferência deste ano.

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