Pró-Floresta vai recuperar 50 mil hectares na Amazônia

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Luiza Mello/ Diário do Pará – A Petrobras, em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), vai recuperar 50 mil hectares na Amazônia e gerar créditos de carbono. As duas empresas vão contratar créditos de carbono gerados a partir de restauração florestal na Amazônia. O programa Pró-Floresta+ vai selecionar projetos de restauração ecológica com espécies nativas que, a partir do reflorestamento das áreas degradadas, gerarão créditos de carbono.

O protocolo de intenções entre a empresa e o BNDES foi firmado ontem, 31. A área de terras degradadas a ser recuperada na Amazônia equivale a 50 mil campos de futebol e vai permitir a captura de cerca de 15 milhões de toneladas de carbono, o que corresponde à emissão anual de 8,9 milhões de carros movidos a gasolina.

O ProFloresta+ vai selecionar projetos de restauração ecológica com espécies nativas que, a partir do reflorestamento das áreas degradadas, gerarão créditos de carbono. A fase inicial da iniciativa prevê um edital para a contratação de até 5 milhões de créditos de carbono, em uma área de cerca de 15 mil hectares, que gerarão investimentos de mais de R$ 450 milhões só na restauração, além de 4.500 empregos.

Além de ser um dos maiores programas de compra de créditos de carbono de restauração do Brasil, o ProFloresta+ é o primeiro desenvolvido em parceria com um financiador, o BNDES. “O programa contribuirá substancialmente para dar escala à restauração da floresta amazônica e com as estratégias de descarbonização das empresas brasileiras”, destacou o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

O financiamento destinado ao reflorestamento será feito a partir de linhas de crédito especiais, como o Fundo Clima, com taxas e prazos adequados para projetos de restauração. “Com a iniciativa, vamos transformar a restauração e a manutenção da floresta, tornando-os rentáveis para as empresas, para as comunidades locais e, principalmente, para o meio ambiente, combinando as demandas ambientais e climáticas do país”, reforçou Mercadante.

Os créditos de carbono gerados pelos projetos de restauração ecológica terão a compra garantida pela Petrobras em contratos de longo prazo (offtake), a um preço a ser definido por licitação. “Essa é uma iniciativa muito importante para a Petrobras e para o Brasil. Ela possibilitará atendermos os compromissos climáticos com créditos de carbono de alta qualidade e integridade e, ao mesmo tempo, fomentaremos o desenvolvimento do setor.

Uma consulta ao mercado foi aberta ontem, para que empresas interessadas possam contribuir com a minuta do primeiro edital e do primeiro contrato de compra de carbono. Empresas que quiserem participar da consulta devem enviar e-mail para profloresta@petrobras.com.br solicitando sua inscrição para receber o material completo.

O diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, acrescentou que “a expectativa é de que o estabelecimento de um contrato padrão de compra de créditos de carbono de projetos de restauração com elevada integridade e rigorosos critérios técnicos e socioambientais sirva de referência para fomentar o desenvolvimento do mercado de restauração e créditos de carbono”.

Pará

APA TRIUNFO DO XINGU

Após promover o primeiro leilão do país para recuperação de floresta desmatada para explorar crédito de carbono, o governo do Pará pretende conceder ainda este ano mais 20 mil hectares também para crédito de carbono na mesma região, na APA Triunfo do Xingu, que tem no total 1,6 milhão de hectares, compreendendo os municípios de Altamira e São Félix do Xingu, no sudoeste do Pará.

A primeira área leiloada, com mais de 10 mil hectares de floresta em área pública, com prazo para concessão de 40 anos para recuperação, permite a captura de 3,7 milhões de toneladas de carbono. O investimento privado é de R$ 258 milhões, com expectativa de comercializar 350 mil créditos de carbono e gerar receita total de R$ 869 milhões, além de 2 mil empregos locais.

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