Pedro Valdez/Diário do Pará – O ano de 2025 tem sido especial para diversos setores da economia paraense. Empreendedores têm se preparado para oferecer experiências que potencializem as tradições regionais e cativem os de casa e os de fora. Às vésperas da COP30, a Conferência sobre Meio Ambiente da ONU, que será realizada na capital paraense em novembro deste ano, a expectativa de mostrar o cardápio paraense para o mundo já é grande.
No caso do restaurante Ver-O-Açaí, no Marco, as equipes já estão se preparando para o fluxo de estrangeiros que deve ser intenso no evento. “Acredito que o principal é o desenvolvimento da nossa equipe. A gente está tendo aulas de inglês há mais ou menos um ano. A gente está com uma turma, com uma escola de idiomas daqui e, recentemente, a gente iniciou uma outra turma com os novos funcionários, com uma outra escola de idiomas, onde a gente está tendo essas aulas específicas para o atendimento dentro do restaurante”, relata Andreza Couto, gerente do estabelecimento.
O cardápio do Ver-O-Açaí já é totalmente focado no regional, mas o local também busca inovações voltadas para a COP.
“A gente tem insumos desde pupunha a filé de búfalo. Então, a gente junta mesmo bastante desses ingredientes e faz esse cardápio tão robusto que hoje a gente tem. Além do peixe frio, do açaí, dos pratos típicos, a gente tem 18 pratos contemporâneos, é mais ou menos isso, que passa aí ali. Tem mexilhão, dourada, filhote, pirarucu, filé de búfalo. A gente está apostando bastante no filé de búfalo, querendo ou não, é uma pegada diferente aqui pra Belém. A gente não vê, não sei se tem outro lugar, mas eu, particularmente, não vejo outros lugares [da cidade]”.
Andreza diz que, pelo fato de o estabelecimento já ser uma casa temática, isso vai facilitar na atração de novos clientes. “Tenho certeza que um dos atributos que mais chama a atenção é a culinária e também a cultura que tem aqui dentro. Porque todos os nossos ambientes são temáticos. Então, você tem mesmo uma imersão aqui dentro. E aí o nosso cardápio também é bastante voltado para os insumos da Amazônia. Como eu te falei, a gente não vende o refrigerante que tu me pediu. A gente é 100% Amazônia”, conta.
Ainda no bairro do Marco, o Égua du Buteco vai fazer uma reforma no espaço, conseguida junto a um programa de incentivo a empreendedores do Banpará. A previsão é que os novos ambientes do estabelecimento sejam inaugurados no segundo semestre, ocasião em que vai ser lançado um cardápio visando a COP.
“A gente vai criar um prato e um drink. Porque, assim, tem muita gente criando prato já. Isso foi uma febre. Ah, o prato da COP30. Então, a gente se espelhou muito na Cairú, que criou o sorvete da COP30. A gente tem essa ideia nesse sentido e pensou em criar o drink da COP30. Alguns amigos falaram assim: ‘ah, vai ser o Copirinha’”, antecipa Sérgio Trindade, dono do estabelecimento.
Trindade ressalta que o local tem um grande foco no regional e que as adaptações se somam ao que a casa já pratica. “A gente sempre tá tentando inovar, trazer novidades, principalmente explorando esse lado da gastronomia, que é muito forte aqui. A gente tem no cardápio pastel de camarão regional, tem de pato. Então, a gente traz essa diversidade, uma chapa que a gente até inclusive coloca os nomes dos pratos relacionados aos artistas paraenses. É uma chapa mista, que é peixe, camarão e charque. Então, a gente sempre tenta trazer esse lado cultural do nosso país”.
