Trayce Melo/ Diário do Pará – Ontem (16), Belém foi o palco do evento “Bioeconomias da Amazônia: caminhos possíveis de escalabilidade rumo a uma transição justa e sustentável”, promovido pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Clima e Sustentabilidade (Semas), como parte da iniciativa colaborativa “Semana do Clima da Amazônia”.
O encontro reuniu representantes do Governo do Pará, pesquisadores, empresários e organizações da sociedade civil para conversar sobre soluções práticas e inovadoras para promover o desenvolvimento sustentável na região amazônica. A programação foi composta por cinco painéis temáticos, nos quais se falaram sobre, uso de dados, políticas públicas, sociobioeconomia e incentivos para industrialização sustentável. Entre os destaques, estiveram as apresentações do Parque de Bioeconomia e Inovação da Amazônia, do Centro de Sociobioeconomia, além de estudos inéditos e várias iniciativas relacionadas ao tema.
Durante o evento, também foi feito o lançamento oficial do Selo Planbio, que é o Plano Estadual de Bioeconomia do Pará. Essa iniciativa do Governo do Pará tem o objetivo de valorizar e dar mais destaque a produtos e negócios que seguem os princípios da bioeconomia. Camile Bemerguy, secretária adjunta de bioeconomia, explica que o Plano Estadual de Bioeconomia foi lançado em 2022, na COP 27, e conta com 122 ações realizadas por 18 secretarias, sendo a Secretaria de Meio Ambiente a responsável por coordenar o plano.
“Se queremos promover uma bioeconomia que seja justa e sustentável, precisamos de uma forma de reconhecer quais ações e políticas realmente cumprem esses princípios. Por isso, criamos o selo do PlanBio. Esse selo serve para identificar que determinadas ações atendem a critérios específicos, como a preservação de florestas vivas e o apoio às pessoas que lutam por uma justiça climática”, completa.
O evento contou ainda com um marketplace de bioprodutos amazônicos. Uma das expositoras presentes foi Dany Neves, criadora da linha de cosméticos naturais Koa,que atua há 8 anos no mercado. “O evento reúne bastante gente e também ajuda a divulgar a saboaria natural, porque ainda tem quem confunda o artesanal com o natural, ou quem não conhece bem alguns termos. Por isso, acho importante participar dessas ocasiões, conversar sobre o produto, explicar como ele é feito, quais ingredientes uso e os processos que sigo. Sempre tento esclarecer essas questões mais técnicas para as pessoas. Para mim, é uma maneira de promover o nosso trabalho e mostrar o potencial da bioeconomia no Pará”, finaliza.