A Universidade Federal do Pará receberá a sexta edição do Encontro+B Amazônia 2025. O evento ocorre entre os dias 03 e 05 de setembro e deve reunir líderes empresariais, comunidades, organizações diversas e cidadãos com o objetivo de transformar a realidade amazônica e global, com impacto coletivo e profundo. Sob o lema “A raiz do futuro”, a proposta é aliar a temática empresarial às questões ambientais, em preparação para a Conferência das Partes (COP 30), ativando vozes, saberes e ações que objetivam impulsionar uma transição socioambiental mais justa. A expectativa é de que aproximadamente mil empresários de diversos países, incluindo Europa e Estados Unidos, e especialmente latinoamericanos, participem da programação, que conta com o apoio do Movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP 30.
O Sistema +B Brasil é parte de um movimento global que tem como objetivo redefinir o conceito de sucesso nos negócios, promovendo uma economia mais inclusiva, equitativa e regenerativa. Ele representa no país o movimento internacional liderado pelo B Lab, uma organização sem fins lucrativos que surgiu nos Estados Unidos em 2006 e que criou a certificação de Empresas B (ou B Corps, no original em inglês).
De acordo com o reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA), Gilmar Pereira da Silva, sediar o Encontro+B Amazônia 2025 representa um marco significativo para a instituição e para a região. “A UFPA tem um compromisso histórico com o desenvolvimento sustentável da Amazônia e com a valorização dos saberes locais. Este evento fortalece esse papel, ao aproximar o setor empresarial da universidade, da ciência e das comunidades. É uma oportunidade única de construir soluções inovadoras e socialmente justas para os desafios da região, especialmente em um momento em que o mundo volta os olhos para a Amazônia com a chegada da COP 30. Estamos muito honrados em contribuir com esse diálogo global a partir do nosso território”, afirmou.
Gilmar Pereira da Silva também ressalta a importância da conexão entre as empresas do Sistema +B e o papel da universidade no enfrentamento das questões ambientais. “As empresas que integram o Sistema +B têm um compromisso claro com a responsabilidade socioambiental, e a UFPA pode contribuir de forma decisiva nesse processo, por meio da produção científica, da formação de profissionais conscientes e da articulação com comunidades tradicionais. Acreditamos que a transformação da Amazônia passa, necessariamente, por alianças estratégicas como essa, que unem conhecimento, inovação e compromisso ético com o meio ambiente”, completou o reitor.
Segundo Juan Domingues, líder de relacionamento institucional do Sistema +B Brasil, as empresas que fazem parte do Sistema B se comprometem a gerar impacto positivo na sociedade e no meio ambiente, ao mesmo tempo em que são financeiramente sustentáveis. Elas acreditam que os negócios devem ser usados como força para o bem.
Com o evento em Belém, de acordo com Domingues, a proposta é proporcionar um espaço de diálogo, em que as empresas envolvidas possam ampliar cada vez mais a geração de negócios, inovação e tecnologia sustentável. “A gente acredita muito em resultado pro negócio e também pra sociedade. Ou seja, entendemos que isso pode acontecer de uma forma muito grande individualmente, mas também de modo exponencial quando as empresas se juntam. Então aqui além de um espaço de inspiração, é um espaço de encontro, de network, de troca, de fomento e de construção de novos projetos e negócios”, enfatiza.
Ainda segundo Domingues, o encontro se baseia em três pilares principais, com o primeiro sendo de impacto global, isto é, refere-se à conexão com o calendário oficial da Organização das Nações Unidas (ONU). “Trazemos um evento pré-COP, através dessa parceria fundamental com a Universidade Federal do Pará, visando fomentar e ampliar cada vez mais o diálogo entre diferentes atores, mostrando como as empresas +B atuam diretamente para apresentar soluções aos problemas que irão ser apresentados dentro da conferência”, argumenta.
Ele conta que o segundo pilar está focado no impacto local que o evento pretende deixar para a comunidade dentro e fora da universidade. E o terceiro, relacionado à interação dos participantes com o universo acadêmico e científico da UFPA, considerando o legado que a programação pode gerar para relações futuras com a instituição.
Texto: Ana Teresa Brasil – Ascom Movimento Ciência e Vozes da Amazônia na COP-30.