Açaí gera energia sustentável e cacau produz bioplástico ecológico

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Com o objetivo de impulsionar negócios sustentáveis na Amazônia, o VII Workshop Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia, que inicia nesta quinta-feira, dia 16, a partir das 8h, no Centro de Eventos Benedito Nunes (UFPA), apresentará projetos de pesquisa com aplicação prática já pronta.
Um deles é o uso dos resíduos da extração do açaí para produzir uma biomassa, que, por sua vez, é um gerador de energia sustentável. Além disso, há um bioplástico produzido a partir da casca do cacau. O bioplástico tem um tempo de degradação muito menor do que os plásticos convencionais e tem uma grande vantagem de em comparação ao plástico utilizado para embalar alimentos hoje no supermercado. “O PVA libera resíduos químicos nos alimentos que podem acabar causando contaminações. Esse bioplástico do cacau não”, explica o coordenador geral do programa de Pós-Graduação da Rede BIONORTE, Sandro Percário.
Além disso, há projetos de pomadas cicatrizantes a partir de produtos da biodiversidade amazônica, e a produção de alimentos a partir da folha da vitória regia – projeto de uma comunidade tradicional da Amazônia. “É uma lasanha vegana, rica em nutrientes, em proteínas, principalmente em substâncias como flavonoides, que são importantes para o organismo. E hoje a vitória regia tem sido muito pouco explorada. Então existem milhares, se não milhões, de usos que podem ser feitos”, ressaltou Percário.

Incubadora
O VII Workshop Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia deixará um legado para a academia e para a sociedade: a incubadora – que é uma empresa criada pelo BIONORTE com o objetivo de promover o desenvolvimento socioeconômico sustentável da Amazônia.
O objetivo principal da incubadora é fazer com que o conhecimento científico, que hoje está armazenado na gaveta dos laboratórios de pesquisa, chegue até a sociedade, bem como traga o desenvolvimento econômico e proteção das comunidades tradicionais amazônicas, envolvidas na geração desses produtos.
A incubadora biotecnológica vai abranger as funções de outras empresas. “Atuará como uma fundação institucional de apoio à pesquisa, fazendo a administração dos projetos a um baixo custo. Vai funcionar também como uma fundação estadual de apoio à pesquisa trazendo, então, a captação de recursos tanto nacionais quanto internacionais para o fomento desses projetos de pesquisa. Obviamente, vai funcionar como uma incubadora e produzindo, então, a criação de start-ups e spin-offs para que os pesquisadores que estão desenvolvendo o seu conhecimento científico possam transformar isso em produtos que cheguem à sociedade. Quando não interessar a incubação das empresas, fará a assessoria jurídica especializada para a transferência do conhecimento para o setor produtivo”, diz Percário.

VII Workshop Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia quer impulsionar negócios sustentáveis na região
A Amazônia, que sediará a Conferência do Clima (COP30), é o bioma mais rico em biodiversidade do mundo. A sustentabilidade da região é um tema necessário que estará presente no VII Workshop Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia. Um público diverso, superior a duas mil pessoas, está sendo aguardado nos dois momentos do evento.
A academia, o governo, empresários e sociedade civil irão discutir os novos rumos para o impulsionamento de negócios sustentáveis da região Amazônica, tais como financiamento a projetos em negócios de Biodiversidade e Biotecnologia, além de discutir os avanços e os desafios do marco legal de inovação do Brasil.

Promoção de negócios em hub
O Workshop Brasileiro de Biodiversidade e Biotecnologia da Amazônia também apresentará novidades para os participantes. Com o apoio do Fundo Vale, cinco tecnologias serão selecionadas na vitrine tecnológica. Como premiação, as referidas tecnologias estarão no Cubo Itaú, maior hub de inovação e tecnologia. O Cubo Itaú é uma comunidade internacional que seleciona startups, com alto potencial, para impulsionar os negócios e a economia.

Programe-se!
O WBBA23 será realizado de 16 e 18 de novembro, na Universidade Federal do Pará, no Centro de Eventos Benedito Nunes. E também entre os dias 30 de novembro a 2 de dezembro, no Hotel Sagres, em Belém.
É um evento que propõe o fortalecimento e a integração das redes de Biodiversidade e Biotecnologia do Norte, Nordeste e Centro Oeste, sendo realizado em formato presencial e virtual, inclusive para a apresentação de trabalhos científicos. Terá temáticas apropriadas para a região, entre eles: o açaí e o mel como modelos de negócio, o bionegócio e as fontes de recursos naturais operadas pelas comunidades tradicionais, além do debate sobre áreas degradadas e as possíveis soluções. Confira a programação no site https://wbbba23.com.br/.

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