Descarbonização do mundo é necessidade urgente, defende Lula na COP 28

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presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta sexta-feira (1/12), em discurso na 28ª Conferência do Clima da ONU (COP28), em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, que “é hora de enfrentar o debate sobre o ritmo lento da descarbonização do planeta e trabalhar por uma economia menos dependente de combustíveis fósseis”. “Temos de fazê-lo de forma urgente e justa”, declarou.

O presidente disse que o governo brasileiro trabalha para liderar pelo exemplo, e citou ações realizadas desde janeiro: “ajustamos nossas metas climáticas, que são hoje mais ambiciosas do que as de muitos países desenvolvidos; reduzimos drasticamente o desmatamento na Amazônia e vamos zerá-lo até 2030; formulamos um plano de transformação ecológica para promover a industrialização verde, a agricultura de baixo carbono e a bioeconomia; forjamos uma visão comum com os países amazônicos e criamos pontes com outros países detentores de florestas tropicais”.

O presidente afirmou que o planeta já não espera para cobrar da próxima geração: “a ciência e a realidade nos mostram que desta vez a conta chegou antes”.

“O planeta está farto de acordos climáticos não cumpridos. De metas de redução de emissão de carbono negligenciadas. Do auxílio financeiro aos países pobres que não chega. De discursos eloquentes e vazios. Precisamos de atitudes concretas”, discursou.

Lula citou de forma indireta a invasão da Ucrânia pela Rússia, os ataques do Hamas em Israel e de Israel na Faixa de Gaza para criticar os gastos com guerras.

“Quantos líderes mundiais estão de fato comprometidos em salvar o planeta? Somente no ano passado, o mundo gastou mais de US$ 2 trilhões e 224 milhões de dólares em armas. Quantia que poderia ser investida no combate à fome e no enfrentamento da mudança climática. Quantas toneladas de carbono são emitidas pelos mísseis que cruzam o céu e desabam sobre civis inocentes, sobretudo crianças e mulheres famintas”, discursou.

“É inexplicável que a ONU, apesar de seus esforços, se mostre incapaz de manter a paz, simplesmente porque alguns dos seus membros lucram com a guerra.”

Com informações do Ministério do Meio Ambiente

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