Indígenas de Belterra são contemplados pelo programa de combate à fome

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O cacique Domingos Munduruku, 69 anos, da Aldeia Bragança, localizada na Estrada Transtapajós, município de Belterra, na Região de Integração Baixo Amazonas, é um dos protagonistas de um momento especial nesta terça-feira (25): a entrega do lote inicial de alimentos, resultado do primeiro contrato de Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) indígena no município.

“Para nós, é uma oportunidade incomparável. Acima de tudo, significa ampliação do que a gente faz e das nossas razões de existência, neste mundo de transformação. A Emater atua em consonância com nossos saberes e com a preservação da nossa cultura”, ressaltou a liderança da etnia Munduruku.

Onze indígenas das aldeias Bragança e Takuara dispuseram mais de uma tonelada de pescada-branca, farinha d´água, batata-doce e cará para distribuição no território que habitam, com o apoio do escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), em parceria com a Prefeitura, a Federação Flona (Floresta Nacional) do Tapajós e associações indígenas.

Na prática, os produtos da tradição de trabalho e subsistência na agricultura familiar indígena são comprados com recursos governamentais, a preços competitivos, e reencaminhados para abastecimento das aldeias contempladas. Com previsão de operações periódicas até o fim do ano, cada indígena fornecedor deve receber o total de R$ 9 mil, diretamente em conta bancária individual.

Respeito à cultura – No ato oficial, realizado na Escola Munduruku Isu”iwiwiap, estiveram presentes a secretária de Estado dos Povos Indígenas, Puyr Tembé, e o presidente da Emater, Joniel Abreu.

De acordo com Joniel Abreu, as atividades voltadas à população indígena, inclusive a política de assistência técnica e extensão rural (Ater) pública, precisam levar em consideração o fator cultural. “Dentro deste processo de afirmação da cidadania dos povos indígenas, a Ater pública percorre a base de fortalecimento de direitos. É um contexto da Constituição Federal de 1988, a qual trouxe a inovação de reconhecer os povos indígenas com iguais garantias da sociedade nacional, apenas se diferenciando pelo fator cultural. É por isso que a Ater indígena desenvolvida pela Emater evidencia a diversidade cultural”, explicou o gestor.

Na ocasião, mais 22 indígenas da Aldeia Takuara receberam da Emater o Cadastro Nacional da Agricultura Familiar (CAF), documento que dá acesso a políticas públicas da agricultura familiar. A emissão de CAF é um dos serviços sistemáticos da Emater nas três aldeias indígenas de Belterra: Bragança, Marituba e Takuara. No total, já foram emitidos 90 documentos somente neste município do oeste paraense.

Com informações de Aline Miranda/Emater

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