Na última semana, em Belém, representantes da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), do Comitê da COP 30 e da empresa NSI Energia, de São Paulo (SP), reuniram-se para discutir sobre a descarbonização e o uso de energia renovável durante a 30ª Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 30), que acontecerá na capital paraense, em novembro de 2025.
A NSI Energia, especializada em energias renováveis e sistemas de gestão sustentáveis, participou das reuniões e visitas técnicas com o objetivo de colaborar com o Executivo no avanço das discussões sobre o uso dessas fontes na COP.
Os principais locais de interesse são o Parque da Cidade e o Porto Futuro 2, que serão palco de eventos e atividades da Conferência das Partes sobre Mudanças Climáticas no próximo ano. A pauta incluiu a viabilidade de implementar sistemas de baterias (Bess) para garantir a sustentabilidade energética desses espaços, além de soluções híbridas envolvendo hidrogênio no transporte urbano e fluvial.
“O foco é buscar soluções para uma COP sustentável no campo de energia e transportes, tais como soluções de hibridização de motores de ônibus e embarcações que reduzem emissões de carbono em até 60%, ao mesmo tempo que reduz os custos do operador privado, de 10 a 20%. Para os espaços públicos, como o Porto Futuro 2, diversas soluções foram discutidas com objetivo de garantir a sustentabilidade e a segurança energética dos novos equipamentos públicos durante a COP 30 e após o evento”, afirmou Rodolpho Zahluth Bastos, secretário adjunto da Semas. Ele também destacou a importância de discutir resiliência e transição energética justa e inclusiva como parte essencial da política climática do Pará.
Plano de descarbonização
Com esse objetivo, a Semas já avalia um plano de descarbonização proposto pela concessionária de energia do Pará, que prevê a desmobilização de 14 usinas termelétricas entre 2024 e 2026. Com a licença para novas linhas de distribuição e a desativação das usinas termelétricas, estima-se que cerca de 240 mil toneladas de CO2 por ano deixarão de ser emitidas no estado.
Aurélio Souza, vice-presidente da NSI Energia, ressaltou que, além da COP 30, a visita deixará um legado duradouro para Belém e para o Pará. “Estamos colaborando com o Governo do Estado para explorar alternativas tecnológicas para a descarbonização, como o uso de hidrogênio sob demanda e soluções de armazenamento de energia. Estas tecnologias não apenas atenderão às demandas da COP 30, mas também beneficiarão a cidade e o estado após o evento”, explicou Souza.
Inovações e sustentabilidade
Durante as discussões, foram abordadas diversas possibilidades, incluindo a descarbonização de frotas de ônibus urbanas e transporte fluvial de maior porte com hidrogênio sob demanda e também a instalação de tecnologia de hidrogênio na hibridização de termelétricas com grande potencial de redução de gases de efeito estufa. Outras propostas incluem a utilização de barcos elétricos carregados com baterias abastecidas por sistemas fotovoltaicos para transporte e outros fins sustentáveis.
A implementação dessas tecnologias visa a COP 30, mas também poderão contribuir para a construção de um legado sustentável para o estado do Pará.
Também participaram da programação representantes da Secretaria de Planejamento e Administração (Seplad), Secretaria de Obras Públicas (Seop), Agência de Regulação e Controle dos Serviços Públicos de Transportes (Artran) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).