Há 12 anos, o governo Estado, por meio do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio), abria caminho para uma nova abordagem na gestão das florestas públicas ao assinar os três primeiros contratos de concessão florestal no Pará. A medida, uma das pioneiras na região Norte, marcou o início de um capítulo importante na história da conservação ambiental e do desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Dos três primeiros contratos assinados, dois ainda continuam ativos no Conjunto de Glebas Mamuru-Arapiuns, localizado entre os municípios de Santarém e Juruti, na região oeste do Pará. Atualmente, mais de 460 mil hectares já foram concedidos pelo Estado e a previsão é que até 2026, cerca de 2 milhões de hectares estejam disponíveis para a estratégia.
A concessão florestal, que permite a colheita sustentável em áreas florestais, foi um marco na busca por conciliar a conservação da biodiversidade com a promoção do desenvolvimento econômico. Ao invés de simplesmente proibir a exploração, o Estado adotou uma abordagem inovadora, estabelecendo regras rígidas e criteriosas para a extração de recursos naturais, garantindo a proteção das florestas e o uso eficiente dos seus recursos.
Benefícios – Ao longo desses 12 anos, a concessão florestal no Pará tem se mostrado um sucesso, trazendo benefícios tanto para o meio ambiente quanto para as comunidades locais. Através de um processo transparente e rigoroso, comandado pela Diretoria de Gestão de Florestas Públicas de Produção (Dgflop), empresas privadas são autorizadas a colher nas áreas florestais de forma sustentável, seguindo critérios técnicos e socioambientais estabelecidos pelo Ideflor-Bio.
A concessão florestal no Pará tem contribuído para a conservação de áreas protegidas, a geração de empregos, o fortalecimento da economia local e a promoção do desenvolvimento sustentável. Além disso, a medida tem incentivado a adoção de boas práticas de manejo florestal, a valorização da biodiversidade e a promoção da pesquisa científica relacionada às florestas.
De acordo com a titular da Dgflop, Ana Simoneti, atualmente existem diversas concessões florestais em vigor no Pará. Elas abrangem uma área significativa de florestas. “Essas concessões são monitoradas de perto, com a realização de auditorias independentes e monitoramento periódico pela nossa equipe, a fim de garantir que as empresas cumpram as obrigações estabelecidas nos contratos, e a implementação das melhores práticas do manejo sustentável”, detalhou.Recentemente, o Instituto promoveu audiências públicas nos municípios de Alenquer, Monte Alegre e Óbidos, para apresentar o pré-edital de Concessão das Unidades de Manejo Florestal (UMFs) 5ª e 6ª da Floresta Estadual (Flota) Paru. Os encontros reuniram representantes da comunidade local, autoridades e empresários do setor produtivo, para discutir os termos do edital e assegurar a transparência no processo de concessão.
O Ideflor-Bio ressalta que as UMFs são áreas destinadas à colheita de produtos florestais, como madeira e produtos não madeireiros, buscando conciliar a atividade econômica com a conservação ambiental. A concessão dessas unidades quer garantir a proteção da biodiversidade e o desenvolvimento socioeconômico das comunidades locais.
Referência – A concessão florestal no Pará é considerada uma referência nacional e internacional, sendo vista como um modelo de gestão sustentável das florestas. Para o presidente do Ideflor-Bio, Nilson Pinto, a experiência acumulada ao longo desses 12 anos têm sido compartilhada com outros estados e países, contribuindo para a disseminação de boas práticas e para a construção de uma nova mentalidade em relação ao uso dos recursos naturais.
“Ao celebrar os 12 anos das primeiras concessões florestais no Pará, o Governo do Estado, por meio do Ideflor-Bio, reafirma o compromisso com a conservação ambiental, o desenvolvimento sustentável e a construção de um futuro melhor para as próximas gerações. Essa estratégia é uma ferramenta poderosa para promover a harmonia entre o homem e a natureza, mostrando que é possível conciliar a atividade econômica com a preservação dos recursos naturais”, afirmou Nilson Pinto.
Com informações da Agência Pará