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A desigualdade econômica nos Estados Unidos vai além das diferenças de renda e se estende até a contribuição para o aquecimento global. Um estudo recente publicado na revista PLOS Climate revelou que os 10% mais ricos da população americana são responsáveis por impressionantes 40% da poluição de carbono em todo o mundo. Esta pesquisa, que analisou vastos conjuntos de dados ao longo de três décadas, buscou estabelecer uma conexão entre transações financeiras e emissões de carbono, levando em consideração tanto as emissões diretas das empresas quanto as indiretas, provenientes do consumo de seus produtos.
Para chegar a esses resultados, os pesquisadores avaliaram as emissões de empresas de diferentes setores, como as petrolíferas. Não apenas as emissões diretas da empresa foram consideradas, mas também as emissões resultantes da queima do petróleo por seus clientes. Dessa forma, foi possível determinar a pegada de carbono de cada dólar gerado pela atividade econômica nos EUA. Ao cruzar esses dados com informações de renda disponíveis pelo governo, os cientistas conseguiram associar os níveis de emissão de carbono às faixas de renda da população.
O estudo destaca a necessidade urgente de políticas que taxem investimentos em indústrias intensivas em carbono. Afinal, enquanto a desigualdade de renda é um problema social e econômico, a desigualdade nas emissões de carbono é uma questão ambiental que afeta a todos, independentemente da riqueza ou localização geográfica.