Diário do Pará – Opresidente Luiz Inácio Lula da Silva definiu, ontem, Marcele Oliveira, comunicadora e ativista climática, de 26 anos, para a função de Campeã de Juventude da COP30 (Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas), que ocorrerá, em novembro, em Belém. Marcele foi recebida em Brasília (DF) pelo presidente Lula e pelo ministro Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência.
“Estou honrada com este papel, de ser a Campeã da Juventude da COP30, a COP que será no Brasil, na América Latina, que é da Amazônia e de todos os nossos biomas. Vamos construir junto com as juventudes a nossa contribuição para a COP30, para que não fique apenas dentro das paredes da conferência, mas que reverbere com a nossa forma de ver e pensar o mundo. Agradeço a confiança”, afirmou Marcele.
O ministro Márcio Macêdo celebrou a escolha. “A Campeã da Juventude, que vai coordenar a participação da juventude na COP30, foi escolhida pelo presidente Lula e vai realizar um trabalho intenso para promover a mobilização da juventude nas suas variadas concepções para que todos tenham o direito de participar da COP30, a COP da Amazônia, a COP na qual o Brasil falará para o mundo sobre a necessidade de preservar os recursos naturais e combater as mudanças climáticas”, disse.
Marcele integrou a lista do Edital de Chamamento para o Jovem Campeão Climático, iniciativa inédita do governo federal, realizada pela Secretaria Nacional de Juventude, órgão da Secretaria-Geral da Presidência da República. 154 jovens se inscreveram para o edital. A partir deste processo, a Comissão Organizadora selecionou 24 nomes, que foram encaminhados para a Presidência da COP30.
Função
A função do “Presidency Youth Climate Champion” foi criada para fortalecer a participação dos jovens nas políticas climáticas e nos processos internacionais de negociação sobre mudanças climáticas. Ele busca garantir que as perspectivas e as vozes da juventude sejam incorporadas nas discussões e decisões globais sobre o clima.
Raio-x – Marcele Oliveira
Marcele Oliveira é uma mulher negra, nascida em Realengo, bairro da periferia do município do Rio de Janeiro. Produtora cultural formada pela Universidade Federal Fluminense, se encontra com o ativismo climático através da luta que hoje resulta no Parque Realengo Susana Naspolini. Integrante do programa Jovens Negociadores pelo Clima, participa das Conferências do Clima desde a COP no Egito (2022), através da Coalizão Clima de Mudança e do Perifalab.
Ela é também co-fundadora da coalizão O Clima é de Mudança e Jovem Negociadora pelo Clima da Secretaria do Meio Ambiente e Clima do Rio. Marcele pesquisa a interlocução entre práticas culturais e o combate às consequências das mudanças climáticas nas periferias com foco em adaptação e educação climática.