Primeiro barco a hidrogênio verde será apresentado na COP30

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O primeiro barco do mundo projetado para operar com hidrogênio verde será apresentado durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30), que ocorrerá em novembro de 2025, em Belém (PA).

A embarcação, chamada Explorer H1, é resultado de uma parceria entre a JAQ Apoio Marítimo, do Grupo Náutica, e o Parque Tecnológico Itaipu. O projeto visa desenvolver tecnologias para transporte marítimo com menor impacto ambiental, por meio da utilização de hidrogênio como fonte de energia.

O protótipo foi mostrado ao público pela primeira vez nesta semana, durante o Rio Boat Show, na Marina da Glória, no Rio de Janeiro.

Fases do projeto e funcionamento da embarcação

O desenvolvimento da embarcação ocorre em três etapas. Na primeira fase, a Explorer H1 será instalada como estrutura fixa em um estande da COP-30, onde funcionará com energia gerada exclusivamente a partir de hidrogênio verde para abastecer seus sistemas internos.

Na segunda fase, o mesmo barco passará a operar com motores híbridos, que utilizarão 20% de hidrogênio e 80% de óleo diesel. Segundo os desenvolvedores, esse modelo poderá reduzir em até 80% as emissões de dióxido de carbono (CO₂) durante a navegação.

Na terceira fase, prevista para o ano seguinte, será lançado o Explorer H2, uma embarcação com capacidade de dessalinizar a água do mar, produzir hidrogênio a bordo e se movimentar sem gerar emissões.

A proposta do projeto é demonstrar que o uso do hidrogênio verde no setor náutico pode ser escalado e utilizado para reduzir os impactos ambientais do transporte marítimo.

Investimento e apoio tecnológico

A iniciativa conta com apoio da empresa chinesa GWM, que atua no fornecimento de tecnologias voltadas à produção de hidrogênio. O investimento previsto para o projeto é de aproximadamente R$ 150 milhões.

O Explorer H1 terá 36 metros de comprimento e utilizará hidrojatos para navegação em águas rasas. Já o Explorer H2, previsto para a próxima etapa, contará com 50 metros de comprimento e será destinado ao apoio de operações de mergulho, além de coleta de dados hidrográficos e oceanográficos.

Perspectiva de uso e produção

De acordo com representantes do Grupo Náutica, o objetivo é iniciar a produção em larga escala da tecnologia. Embora o custo inicial seja superior ao de embarcações convencionais movidas a combustível marítimo, a proposta é promover alternativas de operação com menor emissão de gases poluentes.

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