Foi realizado no último dia 14 de janeiro, no auditório das Promotorias de Justiça de Santarém, o seminário COP 30 e Orientação não discriminatória: desafios para o Ministério Público do Estado do Pará. O evento foi promovido pelo Núcleo de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (Nierac) e Núcleo de Defesa dos Direitos LGBTI+ do MPPA, em parceria com o Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (CEAF), com objetivo de sensibilizar e letrar os servidores públicos sobre os princípios de não discriminação e sobre a importância de promover uma cultura organizacional inclusiva.
A programação contou com a participação de servidores das Promotorias de Justiça de Santarém e de demais municípios do Pará, que acompanharam virtualmente, servidores de outras instituições e sociedade civil. Após uma intervenção realizada pela artista santarena Nora Costa, a abertura foi feita pelos promotores de Justiça Lilian Braga, que coordena o Nierac, e Dereck Luan Viana de Vasconcelos, titular de Uruará e auxiliar do Núcleo, com exibição de mensagem em vídeo do promotor de Justiça João Macedo, titular de Capanema e coordenador do Núcleo de Defesa dos Direitos LGBTI+, que enfatizou a necessidade de promover eventos e ações para avançar na pauta antidiscriminatória no Ministério Público.
A primeira mesa teve como tema “Porque vivemos em um lugar diverso”, com a mediação do promotor de Justiça Dereck Luan e participação de Gerlan Silva da Gama, jornalista, antropólogo, mestrando da Ufopa; vereador Biga Kalahare, de Santarém, e Lucas Tupinambá, vice-coordenador do Conselho Indígena Tapajós-Arapiuns (CITA). Foram discutidas questões relacionadas à discriminação e preconceito que podem ocorrer em comunidades e ambientes diversos, bem como a participação e preparação dos movimentos sociais na COP 30, de modo a garantir que todas as minorias tenham voz.
O tema da segunda mesa foi o “Letramento para ações não discriminatórias”, mediada pela promotora de Justiça Lilian Braga, tendo como palestrante o professor Wilverson Rodrigo Silva de Melo, do Instituto Federal do Pará (IFPA) de Itaituba, e doutorando em História Contemporânea Comparativa e Transnacional pela Universidade de Évora (Portugal). O professor abordou o tema em perspectiva histórica e falou sobre as relações humanas e tratamento nos ambientes públicos, a exemplo de escolas, universidades e outras instituições, que recebem pessoas diversas, sendo necessário pensar em atos antidiscriminatórios para tornar os ambientes mais inclusivos e agregadores.
