Pará explica sistema que trata da geração de créditos de carbono

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  • Por Cintia Magno, de Baku, no Azerbaijão

Dando seguimento à agenda oficial do Governo do Pará na COP29, em Baku, o governador Helder Barbalho falou sobre a experiência da criação do sistema jurisdicional de REDD+ no Estado, sistema que trata da geração de créditos de carbono. De acordo com o governador, o potencial projetado para o Pará é de geração de mais de 300 milhões de toneladas de créditos de carbono até 2027.

Durante o painel “Alavancando economias de baixo carbono”, realizado no estande do Consórcio dos Estados da Amazônia, o governador destacou que a geração de créditos de carbono para a comercialização no mercado voluntário pode beneficiar, especialmente, as populações indígenas, quilombolas, extrativistas e agricultores familiares.

Ao apresentar a estratégia do sistema jurisdicional de REDD+ do Pará, o governador destacou que o sistema passou por dois anos de estruturação, incluindo a escuta e o diálogo com as comunidades tradicionais. Este trabalho foi necessário para que se chegasse ao atual modelo com segurança jurídica.

Ainda neste ano, o Pará fechou um acordo histórico para a venda de créditos de carbono em Nova Iorque. A iniciativa foi lembrada pelo governador que reforçou que o crédito de carbono é um mecanismo que remunera a sociedade local pelos esforços da preservação ambiental.

Logo depois de participar do painel que destacou o potencial do estado do Pará para este novo mercado, o governador comemorou a decisão do senado federal ao aprovar o projeto de lei que regulamenta o mercado de carbono.

“Este é um passo decisivo. Eu quero parabenizar o Senado da República de ter tido a maturidade e a compreensão do Brasil ter uma lei que possa balizar a estratégia do mercado de carbono no âmbito internacional”, destacou. “Isso aponta uma segurança jurídica importante para o mercado internacional. É uma extraordinária oportunidade para vivenciar as ações governamentais que estão colaborando com as reduções de emissões, mas também é uma oportunidade enorme de valorizar e dar retorno financeiro para aqueles que contribuem com suas ações para a redução do desmatamento, para a redução das emissões”.

O evento contou com a participação de José Otávio Passos, diretor para a Amazônia brasileira da The Nature Conservancy (TNC); Roselyn Fosuah Adjei, diretora de mudanças climáticas e coordenadora de REDD+ de Gana; Svetlana Klimenko, líder global em finanças sustentáveis e especialista líder em finanças climáticas para a américa latina do Banco Mundial; e Concita Sompré, presidente da Federação dos Povos Indígenas do Pará.

Ao longo da manhã de ontem (14), horário de Baku, o governador também participou de reuniões bilaterais. (A repórter viajou a convite do Instituto Clima e Sociedade – iCS)

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