Nesta segunda-feira (22), o governo federal lançou a nova política industrial do país com metas e ações para o desenvolvimento do setor até 2033. A “Nova Indústria Brasil” é resultado de um amplo diálogo entre o governo e o setor produtivo e representa um passo decisivo em direção à neoindustrialização.
“É muito importante para o Brasil que a gente volte a ter uma política industrial inovadora para que a gente possa superar, de uma vez por todas, esse problema de o Brasil nunca ser definitivamente um país grande e desenvolvido. Nós estamos sempre na beira, mas não chegamos lá”, advertiu o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
“Essa mobilização aqui se insere em uma janela de oportunidade histórica. Esse é um tempo decisivo, que vai determinar a emergência climática, a transformação ecológica e, desse processo, vai emergir um novo arranjo das nações”, afirmou Leonardo de Castro, vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Transição verde
A nova política foi desenhada a partir da ideia de missões, sendo inovação e sustentabilidade algumas delas. Cada missão tem metas com foco em aspectos como bioeconomia, descarbonização, transição e segurança energética.
“Das seis missões, a mais importante é a transição energética e o apoio à bioeconomia e à busca da harmonização produtiva. O Brasil tem a matriz energética mais limpa do planeta e a mais competitiva a longo prazo. Nós estamos diante de uma emergência global e a transformação ecológica é uma imposição da realidade, e todo o processo produtivo vai reduzir a emissão de carbono”, avaliou Rafael Lucchesi, diretor de Desenvolvimento Industrial e Economia da CNI.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), a proposta é ampliar a participação dos biocombustíveis na matriz energética de transportes e reduzir a emissão de carbono da indústria nacional. Para a transformação ecológica, são áreas prioritárias a produção de bioenergia e de equipamentos para a geração de energia renovável.
Para reverter a desindustrialização, a nova política prevê a articulação de diversos instrumentos de Estado, como linhas de crédito especiais. BNDES, Finep e Embrapii farão a gestão dos R$ 300 bilhões disponíveis para financiamentos destinados à nova política industrial até 2026. Por meio destes recursos, o governo espera estimular o setor produtivo e atrair investimentos privados.
Indústria investe em sustentabilidade
Para a CNI, a adoção de práticas industriais alinhadas aos princípios da sustentabilidade estimula o desenvolvimento de soluções inovadoras e ecoeficientes, gerando vantagens competitivas. Uma indústria sustentável possibilita trilhar novas fronteiras de produção.
“Nós temos que pensar o cimento verde, o aço verde, a bioeconomia em todos os seus campos como elemento impulsionador do nosso processo de descarbonização produtiva. E o Brasil, certamente, vai ser uma das economias que melhor vai produzir a energia verde de forma abundante e mais barata”, afirmou Rafael Lucchesi. “A ‘Nova Indústria Brasil’ tem forte aderência a tudo o que a CNI preconiza no seu Mapa Estratégico da Indústria”, concluiu.
Sobre o Projeto Indústria Verde
O Indústria Verde é uma iniciativa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) para apresentar as contribuições da indústria brasileira à agenda ambiental. A indústria é parte da solução no desenvolvimento sustentável. O setor produtivo é um dos pioneiros a assumir a responsabilidade de estimular a implementação dos compromissos climáticos no país.
Saiba mais sobre o Indústria Verde no site do projeto e nas redes sociais: https://linktr.ee/industria.verde
Com informações da Assessoria