Por Aila Beatriz Inete
A Amazônia se tornou o centro das discussões sobre o desenvolvimento sustentável e as mudanças climáticas que estão assolando o mundo. O aquecimento global acendeu o alerta e exigiu que os países e setores públicos e privados começassem a dar mais atenção para a crise no clima.
Em Belém, ocorre a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, um evento voltado para discutir o desenvolvimento sustentável, proteção da floresta, e a participação e contribuição do setor da mineração nessa transição e luta contra as mudanças climáticas.
Na tarde desta quinta-feira (31), em uma coletiva de imprensa, o Diretor-Presidente do Instituto Brasileiro de Mineração (IBRAM), Raul Jungmann, falou sobre os planos e a importância de fazer a transição do setor da mineração para uma produção mais sustentável.
Além disso, Jungmann adiantou planos e investimentos do setor que estão previstos para a Amazônia e para o Pará. De acordo com o presidente do IBRAM, o estado paraense deve receber cerca de 14 bilhões de dólares (mais de R$ 69 bilhões), entre 2023 e 2027.
“Além dos marcos que eu já citei, floresta viva, desenvolvimento de biotecnologia, da questão do respeito às populações originárias, o setor tem a previsão de investir 50 bilhões de dólares de 2023 a 2027. No Pará, serão cerca de 14 bilhões de dólares. Ao todo serão aplicados mais de 6 bilhões de dólares em questões ambientais”, revelou Jungmann.
O presidente não detalhou quais era os projetos que seriam desenvolvidos na região com os recursos, já que, segundo ele, não os tinha de “cabeça”. Jungmann ainda afirmou que após o fim da conferência, outras ações e investimentos podem ser definidas.
Evento
A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias ocorre no Hangar – Centro de Convenções do Pará, desde a quarta-feira (30) e vai até sexta-feira (1º). O evento teve a participação do Governador Helder Barbalho, do 8º secretário-geral da ONU e do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair. Além deles, empresários e representantes do setor da mineração, dos povos originários e tradicionais da Amazônia, militantes do meio ambiente e sociedade civil estiveram em mesas e painéis.