As obras da Blue Zone, área oficial da COP 30 destinada às negociações internacionais e reuniões de alto nível, avançam no Parque da Cidade, em Belém. Iniciados no dia 3 de julho, os trabalhos marcam uma etapa decisiva na preparação do Pará para receber, em novembro, o maior evento climático do planeta.
A infraestrutura ocupará cerca de 160 mil m² de estruturas modulares erguidas dentro de um perímetro de segurança de 240 mil m². Serão mais de 100 pavilhões, duas grandes plenárias e escritórios de delegações de mais de 190 países. Todo o complexo foi planejado com padrões de acessibilidade, sustentabilidade e integração urbana.
“Estamos vivendo um momento que vai marcar a história de Belém. A COP 30 vai projetar o Pará no cenário internacional e deixar um legado urbano e social que a população já está sentindo”, afirmou o governador Helder Barbalho.
Parque da Cidade: maior espaço público de lazer de Belém
Com 500 mil m², o Parque da Cidade é hoje o maior espaço público de lazer de Belém. A antiga área do aeroporto foi revitalizada pelo Governo do Estado e abriga quadras poliesportivas, ciclovias, pista de skate, playgrounds, anfiteatro e áreas verdes. Em julho, o local recebeu a primeira colônia de férias pública do país, que beneficiou mais de 10 mil crianças.
Outro destaque é a Esplanada das Fontes, primeiro parque aquático público gratuito de Belém, que já se tornou um dos principais pontos de encontro da população. O espaço comporta até 150 pessoas simultaneamente e conta com infraestrutura totalmente acessível.
A secretária de Cultura, Úrsula Vidal, destacou o papel estratégico da conferência: “Belém será a capital mundial do clima durante a COP 30. É a chance de mostrar nossa força cultural, ambiental e social em um momento histórico para a Amazônia”.
Empregos e impacto econômico
As obras no Parque da Cidade e em outros pontos estratégicos da capital já estão movimentando a economia paraense. A preparação da COP 30 gerou mais de 5 mil empregos em setores como construção civil, turismo, transporte e serviços, consolidando o Pará como o estado que mais contratou na Região Norte no primeiro semestre de 2025.
“Belém está se preparando para receber o mundo com excelência. Mas o mais importante é que toda essa transformação já está beneficiando milhares de famílias e vai seguir melhorando a qualidade de vida da população no pós-COP”, afirmou a vice-governadora Hana Ghassan.
Estrutura e logística para a COP 30
A montagem da Blue Zone e da Green Zone envolve um planejamento logístico complexo, com a instalação de sistemas de segurança, transporte limpo, gestão de resíduos e tecnologia para comunicação em tempo real. O Parque da Cidade será fechado ao público a partir do dia 17 de agosto para que os trabalhos avancem com a velocidade necessária.
Além da construção das estruturas modulares, equipes também atuam na ampliação da rede elétrica, de internet de alta velocidade e de abastecimento de água, que serão utilizadas pelos milhares de participantes durante a conferência. Toda a infraestrutura foi projetada para atender aos padrões exigidos pela ONU e garantir que os encontros tenham as melhores condições técnicas.
Legado para a população
Após a conferência, toda a estrutura temporária será desmontada, mas o Parque da Cidade contará com dois novos equipamentos permanentes: o Centro de Economia Criativa e o Centro Gastronômico.
O espaço também abriga ações ambientais de grande escala, como o plantio e transplante de mais de 2.500 árvores, 190 mil mudas ornamentais e 83 mil m² de gramados, além da preservação da floresta nativa.
A conferência deve reunir cerca de 50 mil participantes ao longo de 12 dias de programação, colocando Belém no centro das discussões climáticas globais e deixando um legado que vai muito além da Amazônia.
Texto: Redação Metrópoles.