143 delegações confirmam presença na Cúpula dos Líderes em Belém

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O Itamaraty confirmou nesta sexta-feira (31) a presença de 143 delegações estrangeiras na Cúpula dos Líderes, marcada para os dias 06 e 07 de novembro, em Belém. O evento antecede a COP30, conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, e deve reunir 57 chefes de estado e de governo, além de 39 ministros de diferentes países.

A expectativa do governo é que o encontro funcione como um marco preparatório para as negociações climáticas da COP30, definindo o tom das discussões entre as nações. Apesar da grande adesão internacional, Argentina e Estados Unidos ainda não confirmaram oficialmente as participações. A presidência da COP30 mantém a expectativa de que ambos enviem representantes, mas os nomes ainda não foram informados.

Lula chega antes e terá agenda intensa

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarca em Belém neste sábado (1º) para iniciar uma série de reuniões bilaterais com representantes estrangeiros antes mesmo da abertura da Cúpula. A presença de Lula deve ser central na articulação política e no diálogo com outros líderes mundiais e reforça o papel do Brasil como mediador nas discussões ambientais globais.

Durante o evento, Lula abrirá os trabalhos e presidirá três sessões temáticas, com foco em florestas e oceanos, transição energética e financiamento climático. O presidente também vai organizar um almoço reservado para tratar de financiamento voltado à conservação das florestas, uma das principais pautas do governo brasileiro.

Cada uma das sessões contará com cerca de 40 representantes internacionais, que poderão fazer discursos conforme o interesse dos países. Segundo o Itamaraty, o formato busca estimular o debate multilateral e permitir que os líderes expressem compromissos sobre temas como desmatamento, redução de emissões e sustentabilidade econômica.

Expectativas do governo brasileiro

A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, destacou que o objetivo do encontro é dar o “termo de referência aos negociados”, isto é, orientar os rumos das tratativas que ocorrerão durante a COP30. “Ao final, uma mensagem deve ser deixada pelos líderes, com recados defendendo, por exemplo, o fim do uso de combustível fóssil e do desmatamento”, afirmou a ministra.

Marina também alertou para a necessidade de compromissos concretos, afirmando que não basta “um pensamento mágico”. “É preciso ter recursos para incentivar o investimento em energia limpa e preservação”, completou.

Cúpula antecipa tom político da COP30

Com ampla participação internacional e sob a liderança direta do presidente Lula, a Cúpula dos Líderes em Belém promete ser um “divisor de águas” nas negociações climáticas globais. O evento deverá consolidar posições políticas e compromissos financeiros que servirão de base para as decisões finais da COP30, reforçando o protagonismo do Brasil nas discussões sobre o futuro do planeta.

Texto: Júlia Marques

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