Belém recebe investimentos de quase R$ 5 bilhões para a COP 30

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O Governo Federal está investindo mais de R$ 4,7 bilhões na preparação de Belém para a Conferência das Nações Unidas Sobre Mudanças Climáticas – COP30, a ser realizado na capital paraense, em novembro de 2025. O recurso está sendo investido em obras nas áreas de infraestrutura, saneamento, turismo e hotelaria e em melhorias na região portuária. Duas das principais obras conectadas diretamente ao evento, o Porto Futuro II e o Parque da Cidade, seguem aceleradas. A recuperação de locais turísticos e de interesse histórico também faz parte da agenda de obras e intervenções, como as melhorias no Complexo Ver-o-Peso, no Mercado São Brás e no Parque Linear São Joaquim.

Os investimentos contam com recursos do Novo PAC, do BNDES e de Itaipu. “Temos trabalhado incansavelmente no Governo Federal para acompanhar e apoiar o estado nas obras para preparação de Belém para a COP30”, afirma o secretário extraordinário para a COP30 na Casa Civil da Presidência da República, Valter Correia. As últimas reuniões realizadas em outros países chegaram a atrair delegações dos 193 países membros das Nações Unidas. Com isso, cerca de 60 mil pessoas são esperadas em Belém, entre chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, pesquisadores, ONGs e ativistas.

“A COP30 é um divisor de águas para a nossa capital, para a Amazônia e para o estado. Estamos com mais de 30 obras simultâneas na região metropolitana de Belém”, diz Adler Silveira, secretário de Infraestrutura e Logística do Governo do Pará. As obras, explica, incluem parques, centros de eventos, pavimentação asfáltica e terminais hidroviários que atenderão o fluxo turístico.

PARQUE

A agenda oficial da COP30 será toda no Parque da Cidade, que tem obras aceleradas no bairro da Sacramenta, área do antigo aeroporto Brigadeiro Protásio, que foi cedida ao Governo do Pará. “O Parque da Cidade vai ser integrado ao Hangar Centro de Convenções, equipamento que o Governo do Estado usa para grandes eventos. Já tivemos eventos do G20 lá, o encontro dos países da Amazônia, até como eventos-teste para a COP. E lá vai ser feita uma integração entre o Centro de Convenções e o Parque da Cidade para que haja a área disponível para que o evento aconteça”, explica Adler Silveira.

Outro ponto importante da obra é que o projeto contempla uma área especial para que os líderes que participarão da COP30 possam se hospedar próximo ao centro das discussões, de modo a evitar grandes deslocamentos durante o evento. São mais de 200 apartamentos destinados aos chefes de Estado e comitivas.

Outra obra estratégica é o Porto Futuro II, próximo à Estação das Docas, uma das referências da capital paraense, às margens da Baía do Guajará, que reúne centro de gastronomia, cultura, moda e eventos nos 500 metros de orla fluvial do antigo porto de Belém. “Iniciamos a construção da Nova Doca, um grande parque urbano, com diversos equipamentos, uma estrutura que permitirá com que nós tenhamos um ambiente extraordinário para as famílias”, ressaltou o governador Helder Barbalho.

Um dos desafios de Belém para a COP30 é ampliar o número de quartos disponíveis para receber as milhares de pessoas envolvidas na programação da COP 30. Para isso, a cidade contará com hospedagens em navios de cruzeiro, o que ampliará o número de leitos na capital. As obras estão interligadas a esse objetivo e incluem a dragagem das margens da Baía do Guajará para que os navios de grande porte possam atracar. “Também teremos nesse complexo um hotel com 207 apartamentos e mais de 250 leitos”, finaliza o secretário Adler Silveira.

SEGURANÇA

Na semana passada, a Casa Civil da Presidência da República anunciou a definição da Matriz de Responsabilidades de Segurança para a COP30. O documento é a parte inicial para a elaboração do Plano Estratégico Integrado de Segurança e define as atribuições de cada instituição envolvida para garantir que a COP 30 ocorra de forma segura e organizada, com atuação coordenada entre as esferas de governo. Para a elaboração do documento, foram realizadas seis oficinas com a participação de diversos órgãos. Os debates incluíram discussões sobre temas críticos, como segurança cibernética, proteção de infraestruturas críticas, segurança de autoridades e outras áreas sensíveis.

A intenção é assegurar a integridade dos sistemas digitais e físicos, além de garantir a proteção de chefes de Estado e participantes do evento. Com a conclusão dessas oficinas, todos os órgãos envolvidos vão desenvolver a partir de agora seus planos táticos-operacionais.

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