Ansa Brasil – ACEO da presidência brasileira da COP30 em Belém, Ana Toni, alertou nesta quinta-feira (3) que as mudanças climáticas são uma “guerra silenciosa” e, portanto, é preciso lutar.
A declaração foi dada durante o debate sobre a Conferência do Clima das Nações Unidas na sessão plenária do Comitê Europeu das Regiões, em Bruxelas.
“A mudança climática é uma guerra silenciosa, empobrece as pessoas e gera desigualdades. Precisamos lutar, será uma COP30 de resiliência, paz e natureza”, afirmou a brasileira.
De acordo com Toni, “neste momento crucial para a geopolítica global”, é preciso “uma liderança forte em relação ao clima”.
“O Brasil fará a sua parte, mas só podemos fazê-lo juntos. E acho que a palavra-chave para nós será ‘unidade’, o que será muito importante”, concluiu.
Já o italiano do Partido Democrático (PD) Antonio Decaro, presidente da Comissão do Meio Ambiente do Parlamento Europeu, enfatizou que a COP30 em Belém será “um momento de avaliação, mas também uma oportunidade para traçar claramente o rumo para a próxima década”.
Segundo ele, “se realmente queremos manter viva a possibilidade de conter o aquecimento global em 1,5 grau, a COP30 não pode ser uma conferência como as outras, mas deve representar um ponto de virada decisivo e incisivo no caminho para a neutralidade climática”.
Por fim, Decaro defendeu que a “liderança climática da União Europeia não é apenas desejável, mas tornou-se indispensável”.
“A posição dos EUA sobre o Acordo de Paris significa que muitos estão olhando para a União Europeia como um ponto de referência para a ação climática. E a Europa não pode se dar ao luxo de ignorar”, alertou.
Para o italiano, “somente por meio de um esforço coletivo e coerente poderemos atualizar a contribuição nacional determinada da UE a tempo para a COP30 e demonstrar ao mundo que a Europa não é um continente velho e cansado, mas ainda é capaz de mostrar o caminho para o futuro”.
