Ao longo do Centro de Formação Itauajuri, área na comunidade Terra Preta II pertencente à Paróquia São Francisco de Assis, em Monte Alegre, no Baixo Amazonas, novas árvores de cumaru são mais uma alternativa de complemento de renda e diversificação de produção.
Doadas pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), as mudas foram plantadas nas últimas semanas, por meio de uma ação conjunta entre o escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) e a Igreja Católica. O mutirão reuniu a equipe da Emater, membros da Paróquia e indígenas munduruku visitantes, naturais de Jacareacanga, na região Tapajós.
“O objetivo é cada vez mais diversificar a produção e aumentar a renda, melhorando os aspectos físicos, químicos e biológicos do solo. Cumaru é uma árvore centenária, que serve tanto para madeira, quanto para frutos. É um mercado bem próspero. Nessas áreas sempre trabalhamos: realizamos eventos pontuais de melhoria, aperfeiçoamento”, conta o técnico em agropecuária da Emater, Egnaldo Garcia.
Em Monte Alegre, a Emater tem recebido apoio da Igreja Católica, desde o ano de 2018, para ações de educação ambiental, valorização da cultura comunitária e estímulo às cadeias produtivas da agricultura familiar.
A parceria envolve plantios coletivos, difusão tecnológica, como irrigação de limão-taiti; implantação de pomares com espécies como abacate e pupunha, celebração de missas alusivas à causa ecológica e distribuição de kits de campanhas de preservação, entre outras iniciativas. Um dos pontos altos é a programação anual da Semana do Meio Ambiente da Emater, realizada no contexto de 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente.
Para a agente de pastoral Sofia Karoline de Lima, Igreja e Emater representam um elo muito importante: “Reunimos esforços para contemplar e fortalecer condutas, pensamentos e trabalho no sentido de cuidado com a nossa casa, com o meio ambiente, com a natureza. Quando colocamos em prática, ajudamos as pessoas a se conscientizar e a atuar em prol da coletividade”, diz.
Por Aline Miranda/Agência Pará
