Infovia entre Belém e Macapá vai levar inclusão digital e social para a Amazônia

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A Infovia 03 chegou em Breves, no Marajó. Esta é mais uma etapa do Programa Norte Conectado, do Governo Federal, por meio do Ministério das Comunicações, Exército Brasileiro e Anatel.

A atividade consiste na implantação de rede de internet de alta velocidade, com mais de 620 km de cabos de fibra ótica submersos em rios amazônicos que foi iniciada no dia 11 de março, saindo de Belém (PA); passando pelas cidades da Ilha de Marajó até Macapá (AP).

Durante 26 dias, uma plataforma vai lançar cabos de fibra ótica que vão ficar submersos em rios amazônicos, em um dos maiores projetos de conectividade do mundo.

O investimento é de R$ 98 milhões,  beneficiando mais de 2,5 milhões de habitantes. A previsão inicial é levar internet a 38 escolas, cinco unidades de saúde, três fóruns de Justiça, três pontos de defesa e dois centros de pesquisa. A infovia vai conectar, num primeiro momento, as duas capitais, passando pelas cidades paraenses de São Sebastião da Boa Vista, Curralinho, Bagre e Breves. Em uma segunda etapa, serão conectadas Ponta de Pedras e Afuá.

Estrada digital

A Infovia 03 é a segunda do tipo no estado do Pará. Em agosto do ano passado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro Juscelino Filho inauguraram em Santarém (PA) a Infovia 01, que liga a cidade a Manaus (AM), além de nove municípios, sendo cinco no Pará: Curuá, Óbidos, Oriximiná, Juruti e Terra Santa. Os demais, Parintins, Urucurituba, Itacoatiara e Autazes, ficam no estado do Amazonas.

No total, serão viabilizadas 28 infovias no país. O objetivo da iniciativa é ampliar a capacidade de tráfego de dados e a disponibilidade de banda larga em municípios de difícil acesso. Conhecidas também como “estradas digitais”, as infovias contam com um investimento total de R$ 1,9 bilhão pelo Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). Os recursos são do Orçamento Geral da União, dos ministérios das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovações, do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e do Leilão do 5G.

As infovias permitem o tráfego de dados de forma mais rápida e eficiente em diferentes localidades. Elas vão impulsionar a conexão de equipamentos públicos, como instituições de pesquisa, hospitais, escolas, órgãos do sistema de Justiça, Forças Armadas e, vão permitir, ao mesmo tempo, que a iniciativa privada, por meio das operadoras de telefonia, impulsione o mercado, fomentando o crescimento econômico nessas regiões.

Cada infovia é feita de cabos compostos por 24 pares de fibra óptica. Cada par possui capacidade de até 20Tb por segundo, ou seja, pode transmitir simultaneamente o equivalente a 200 mil vídeos de streaming em HD com altíssima qualidade. Os cabos foram feitos para durarem pelos menos 25 anos submersos nos rios.

O Pioneirismo

O Exército Brasileiro foi o pioneiro na ação de lançar cabos submersos pelos rios do Norte do Brasil com o Projeto Amazônia Conectada (PAC). A partir da experiência positiva no estado do Amazonas, ligando a capital Manaus com municípios mais distantes como Coari, Tefé, Novo Airão e  Barcelos.

Dando continuidade ao PAC, o Governo Federal, instituiu o Programa Amazônia Integrada Sustentável (PAIS), a partir do Decreto 10.800, com a finalidade de expandir a infraestrutura de comunicações na Região Amazônica por meio da implantação de redes de transporte de fibra óptica, sob a coordenação do Ministério das Comunicações e tendo o Centro Integrado de Telemática do Exército (CITEx) como agente participativo deste processo.

Para a Defesa, o projeto contribui para melhorias nas comunicações militares na fronteira com a finalidade de proteger o território nacional. Por suas características de inovação e abrangência, trata-se de um projeto dual (aplicação militar e civil) e que representa um marco histórico nas comunicações do país.

(Com informações da Assessoria)

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