Belém pode ser afetada com a subida do nível do mar. Entenda!

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Belém do Pará e região são localidades consideradas abençoadas pela sua natureza, já que grandes problemas climáticos não fazem morada por aqui, como furacões, ciclones, terremotos e tsunamis. Contudo, com o agravamento das mudanças climáticas, a cidade entra para uma lista perigosa: a do aumento do nível dos mares e oceanos.

Esse caso é real, já que nos últimos anos os alertas da Organização Meteorológica Mundial, têm indicado um aumento significativo da medição do nível global do mar, que ano após ano, bate recorde de crescimento.

O que essa situação tem a ver com Belém do Pará e região? Muita coisa! Haja vista que no Pará, grande parte das cidades são ou a beira rio ou a beira mar, o que nos coloca na rota de recuamento de orlas para tentar escapar desse aumento do nível da água superficial.

Municípios como Salinópolis já sofrem esse impacto ao passar pelas grandes marés do ano, que castigam as casas e a orla do município à beira do mar.

Segundo pesquisas como a publicada na revista Environmental Research Letters, se não houver medidas urgentes de contenção do aumento no nível do mar, cerca de 15% da população global atual, aproximadamente 1 bilhão de pessoas, podem ser diretamente afetadas, e Belém do Pará está nesta lista.

Segundo a pesquisadora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Dr. Luziane Mesquita, dentro da cidade de Belém, há as áreas baixas, que englobam bairros como Jurunas, Condor, Cremação, Guamá, Cidade Velha, que já sofrem com o aumento do nível das marés nas inundações periódicas, e há as áreas ditas seguras, com cotas altimétricas acima de 10 e 20 metros de altitude, como a Av. Almirante Barroso, a cidade de Ananindeua, Benevides (que se encontra 40 metros de altitude) e a cidade de Castanhal são exemplos de áreas que podem não ser afetadas por este fenômeno.

Entender regionalmente esses assuntos que em sua maioria são abordados de forma global, são de grande importância para que a sociedade paraense e belenense possa compreender a relevância de sediarmos um evento como a Conferência das Partes, Cop-30, na nossa cidade, para que desta forma possamos cobrar das autoridades, medidas que possam evitar transtornos e tragédias anunciadas com as mudanças climáticas.

Por Luana Moraes, jornalista, especialista e mestranda em geografia

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